Uma lasanha que é um livro ou um livro que é uma lasanha?

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Apesar da ideia ter um contorno  bem italiano, foram  os alemães que tiveram genialidade de criar o primeiro livro de receitas comestível.  Sim! Você segue a receita e come…o livro.

Com páginas feitas 100% de massa fresca, o inusitado cookbook traz grafadas as instruções para o preparo de uma lasanha clássica. O intuito é que o leitor, ao mesmo tempo em que segue a receita, use as páginas para preparar o prato. A massa deve ser aberta, preenchida com os ingredientes e, finalmente, assada.

Mas infelizmente, o livro não está à venda em nenhuma livraria. Foi concebido como um projeto especial pela agência de design alemã Korefe para a editora Gerstenberg Publishing House.

Eu to pensando seriamente em fazer algo do gênero…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Receita de Sardela

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Muitos autores defendem que não existe sardela na Itália. Há até quem bata o pé de que a receita é brasileira. Mas não é bem assim. Como em diversos pratos consumidos por aqui, essa pode muito bem ser considerada uma das inúmeras adaptações feitas pelos imigrantes.

No melhor estilo “é o que tem pra hoje” os italianos teriam improvisado usando sardinha para fazer a tradicional pasta à base de anchova em conserva ou alici (aliche) e peperoncino (pimenta). Um preparo tido como típico da província de Crotone, na Calábria, bem ao sul da bota, chamado de sardella Calabrese (sardinha à calabresa), caviar da Calábria, caviar dos pobres ou caviar do sul.

Sardella, aliás, significa sardinha em italiano. Um peixe até que bem popular na Calábria. Especificamente na cidadezinha de Crucoli onde os poucos 3 mil habitantes se reúnem há mais de 20 anos em torno da tradicional Sagra della Sardella (Festa da Sardella). No cardápio massas, pizzas, sanduíches com sardinha e claro, a tal pasta para passar no pão.

Ou seja, tão difícil quanto definir a origem de uma receita brasileira, é afirmar com exatidão o que vai nos preparos italianos. O Brasil é feito de gente de todo canto e a Itália, apesar de ter sido unificada geopoliticamente, jamais unificou-se à mesa. A exemplo do  pesto de manjericão que tem pelo menos umas três versões por lá, uma de cada região, todas reivindicando o posto de original.

No fim das contas, o importante mesmo, é a comida. Por tanto, vamos à sardela que eu faço e, por tanto, considero a melhor.

 

Receita

 

Sardela

Ingredientes

4 pimentões vermelhos assados, pelados e sem sementes (existe em conservas prontas)
2 colheres de sopa de azeite
100g de anchova ou sardinha anchovada em óleo
3 dentes de alho picado
½ copo de vinho branco
1 colher de sobremesa de páprica picante
1 colher de sobremesa de pimenta calabresa
1 lata de tomate pelado
Sal e pimenta do reino a gosto

Preparo
Aqueça o azeite em uma panela de fundo grosso, coloque o alho e a páprica para fritar. Acrescente os outros ingredientes e refogue tudo. Passe a mistura no liquidificador, processador ou mixer. Volte para a panela e deixe cozinhar em fogo baixo até reduzir e ficar com textura pastosa. Deixe esfriar e armazene na geladeira coberto de azeite de oliva extravirgem.

 


Receita de Salada de endívias, coalhada seca, pinole e damascos

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RECEITA

 

Salada de endívias, coalhada seca, pinole e damascos (para duas porções)

Ingredientes  
Endívia
Coalhada seca
Pimnoles
Damascos secos
geleia de damasco
Sal e pimenta a gosto
Azeite e suco de limão

Preparo
Em uma panela toste os pinoles e reserve. Pique os damascos em tiras finas e reserve. Lave e seque as folhas de endívia e coloque-as nas bordas de uma taça de Martini. No centro acomode a coalhada, depois a geleia e as fatias de damasco. Salpique os pinoles, tempere com sal e pimenta. Se quiser, vale preparar um molhinho de azeite e limão para dar umidade à salada. Basta misturar três partes do óleo para uma de ácido (suco de limão) e bater. O molho emulsionado e aveludado.

 

 


Você sabia que as geleias nasceram para conservar frutas?

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O que a cerveja, o pão, o pato confitado, o bacalhau e as frutas secas têm em comum? Além do fato de serem produtos que fazem parte da nossa alimentação há séculos, todos eles nasceram, de certa forma, da necessidade de conservar alimentos.

Exatamente. Antes de existir a refrigeração como conhecemos hoje, o grande desafio humano era manter os alimentos perecíveis íntegros pelo máximo de tempo possível. E nessa, muitos preparos foram criados.

A exemplo das geleias que podem bem ser definidas como conservas, de consistência gelatinosa feitas a base de frutas frescas e açúcar. Um jeito bem saboroso que os antigos encontraram de ter frutas o ano todo. E põe antigo nisso.

Já era encontrada entre os gregos e romanos com a função de medicamento para digestão. No século I a.C., o médico e filósofo grego Pedanios Dioscórides redigiu um tratado mencionando tais propriedades, segundo o Pequeno Dicionário Gastronomia, de Maria Lucia Gomensoro (ed. Objetiva).

Apesar da simplicidade do preparo, somente depois do século XV é que a Europa retoma a feitura de geleias, tornando-a bem popular entre os londrinos em 1725, com o nome de marmelet (a de marmelo era a mais comum). E da Europa a geleia ganhou o mundo e conquistou outras nações e outras frutas.

Praticamente qualquer fruta pode render geleia, basta que se consiga equilibrar três ingredientes básicos: pectina, substância ácida e açúcar. As duas primeiras geralmente são encontradas nas próprias frutas (em maior ou menor dosagem). Quando o teor é baixo é preciso complementar com a adição de outras frutas cítricas, ricas na tal substância. A textura, a consistência e até a cor da geleia vão depender exclusivamente do equilíbrio entre esses três componentes. É simples, mas não é fácil.

Recentemente tive a chance de visitar com a Let uma fábrica de geleias aqui no interior de São Paulo, a Homemade. A visita me fez lembrar dos tempos de Engenharia de Alimentos (sim, eu estudei engenharia de alimento por três anos) quando tive aulas de produção de alimentos, entre eles, as geleias.  Adorei a visita, provei delícias, aprendi bastante e fui ler a respeito antes de criar uma receita que tirasse a geleia de cima da torrada.

A eleita foi a de damasco. Primeiro porque amo a fruta, segundo porque acho que ela cai super bem em pratos salgados. A receita, se é que dá pra se chamar assim, é daquelas de preguiçoso. Quase tudo está pronto, você só vai juntar e deixar bonito. Confira a aqui a Receita de Salada de endívias, coalhada seca, pinole e damascos (da foto).

 


Receitas batatas rústucas aromáticas feitas assadas

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Batatas aromáticas assadas

Batatas grandes não escovadas a gosto (pode ser a limpa, se não achar)
Alecrim a gosto (vale tomilho, manjericão e até salsinha)
Azeite a gosto
Sal e pimenta preta a gosto

Preparo 
Lave e corte as batatas  em fatias longas, no sentido do comprimento. Pré-cozinhe em água com sal, talos de ervas e dentes de alho, isso vai ajudar a aromatizar, por cerva de 10 minutos. Elas devem ficar al dente, semi cruas, pois vão terminar de cozinhar no forno. Escorra a água do cozimento e em uma assadeira disponha as batatas. Banhe com azeite e tempere com o alecrim e a pimenta. Leve ao forno alto até dourar. Sirva com o sal, e seu tiver inspirado, com flor de sal.