Hoje, 23/09, além de ser o segundo dia da primavera, também é comemorado o dia do sorvete. E se tem algo que merece ser celebrado é ele. Eu, que não sou do de doce, que dispenso as mais elaboradas sobremesas, sou incapaz de resistir a um gelado.
Também pudera. À base de açúcar, gordura, leite e ar se junta toda sorte de delícias. Frutas, amêndoas, bolos, biscoitos, chocolates e até bebidas alcoólicas Não tem como ser melhor, muito menos dar errado. Até no truque caseiro o sorvete funciona.
A ideia surgiu sabe-se lá quando e onde. Suspeita-se que tal alquimia de gelo e sabor remonta de milênios atrás, quando chineses já cultivavam o hábito de temperar bocados de neve das montanhas com caldas e mel.
Nero, o imperador, na Roma antiga enviava escravos aos Alpes para abastecer sua cozinha de neve e saborear o que suspeito ser a primeira raspadinha da história, anota Roberta Malta Saldanha em seu História, lendas e Curiosidades da Gastronomia (ed. Senac).
Relatos contam ainda que Alexandre Magno, antes mesmo de Jesus passar pela Terra, teria sido apresentado à mistura de neve, frutas picadas e mel. Algo mais próximo ao sorbet, já que não levava gordura de leite nem ovos.
Como aconteceu com quase tudo que conhecemos, reza a lenda que foi o veneziano Marco Polo que trouxe na sua mala (mais fantástica que a do gato Felix) o sorvete para o ao ocidente. Quando a italiana Catarina de Médice casou-se e mudou-se para a França levou com ela invenção.
Foi só na Inglaterra, em 1971, que o leite e os ovos foram incorporados ao sorvete graças ao pâtissier do Rei Carlos II, o francês De Mirco. Por aqui, o nosso calor senegalês, atrasou a chegada da novidade. Os brasileiros só foram conhecer o sorvete em 1834, quando um navio norte-americano aportou no Rio de Janeiro com 217 toneladas de gelo para um confeitaria na rua do Ouvidor. Já em São Paulo, o primeiro registro vem de um jornal de 1878 que anunciava: “Sorvetes – todos os dias às 15h, na Rua Direita, 14”.
Desde então, temos sorvete todos os dias em inúmeros lugares de todas as cidades, amém! Agora vamos ao que interessa: abaixo dicas para fazer sorvete em casa e tomar na rua.
Para tomar em casa
Receita de Afogatto com Sorvete Caseiro de Cookies e Expresso de Baunilha
Mais receitas:
Sorvete de Guinness – Have a Nice Beer
Sorvete de Quindim – da The Cookie Shop
Para tomar na rua:
Bacio di Latte
A sorveteria honra a fama dos gelatos italianos, por isso se tornou uma unanimidade entre os brasileiros. Não por o acaso. É cremoso, macio e com sabor acentuado. O sorvete de morango tem de fato o gosto da fruta. Talvez seja o mais próximo que se pode chegar de um autêntico gelati italiano aqui no Brasil.
Veja onde encontrar as lojas Bacio di Latte aqui.
Sorbê – Sorvetes Artesanais
Rita Medeiros é um gênio da sorveteria. Eu a conheci no Paladar do Brasil, quando assisti sua aula e provei sorvetes feitos de frutas do cerrado como pequi, cajá manga, cagaita, Uvaias, graviolas, cajuzinhos, umbú-cajá, sapotí e jenipapo. Todos os sorvetes dela são feitos de forma artesanal com antigas máquinas, sem conservantes e estabilizantes. Baseada no extrativismo, Rita produz sorvetes de acordo com a disposição da natureza. Cada fruta tem sua época e o sorvete também. A notícia ruim é que se você não mora em Brasília, terá que ir até lá para provar.
Veja onde encontrar a Sorbê, aqui.
Dilleto
Na loja gigantesca do Jardins em São Paulo, dá para experimentar o ponto alto da marca: os picolés. Cremosos (até mesmo os de fruta), eles são feitos com matéria-prima trazida da Itália, e trazem estampados na embalagem as calorias, que pasmem, são baixas variando entre 59 a 170. Para quem não pode ir a loja, hoje eles já distribuem seus picolés em diversos supermercados e lojas do ramo.
Veja onde encontrar seu picolé Diletto aqui.
Restaurante Capim Santo
Para quebra o gelo (há) vale tomar um sorvete diferente na sobremesa do restaurante. Para honrar o nome da casa e linha brasileira de sua cozinha a chef Morena Leite oferece no seu restaurante um sorvete de Capim Santo por R$ 11. Há ainda sorvete de queijo que acompanha o Creme Brulée de abóbora por R$ 14.
Veja como chegar no restaurante Capim Santo aqui.
Casa Nero
Não bastasse fazer um dos melhores hambúrgueres da cidade, na Casa Nero, você pode se fartar com o Epic Sundae. Feito com sorvete de creme caseiro, calda de chocolate, caramelo e farofa crocante, por R$ 18. Um clássico que jamais morrerá.
Veja onde encontrar a Casa Nero.
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