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Bem antes de se tornar um hit dos verões pelo mundo, a sopa fria espanhola era conhecida como “Gazpachillo del pobre”. Prato simples, consumido desde o século XVII pelos pobres da região da Andaluzia que, na necessidade de aplacar a fome, juntavam pão e água com o que tivesse. Tanto que o nome – de origem e influência árabe como quase tudo na Península Ibérica – significa pão encharcado, segundo a Larousse da Gastronomia.

Há um sem número de variações para um mesmo tema dentro e fora da Espanha. Mas é de conhecimento público que sem pão molhado, não há gaspacho. Outro ponto comum é sempre servi-lo frio. Já as combinações variam muito. Entre as mais sofisticadas está o ajo blanco ou gazpacho branco. Cordobês, medieval, de influência moçárabe, leva massa de amêndoas peladas. E o gazpacho rojo, já acrescido de tomate e pimentão.

Aliás, o tomate só encontrou gazpacho por volta do século XIX, quase 300 anos depois de a fruta ter chegado à Europa pelas mãos dos colonizadores. Há ainda uma versão portuguesa do prato com as verduras picadas em cubinhos bem pequenos e incorporados aos ingredientes líquidos em vez de triturados.

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