Volta e meia eu via os concorrentes do Top Chef falando que iam fazer pratos surf and turf – uma combinação de proteínas do mar e da terra com o intuito de mesclar sabores e texturas. Mas foi na Cozinha da Matilde que eu provei o surf and turf pela primeira vez. Um filé mignon suíno suculento com ameijoas, delicioso.  Desde então fiquei com isso na cabeça, fiz uma reportagem tendo a chef Letícia Massula como fonte,  e contei a boa nova pra quase todo mundo que eu conheço. É assim. Quando descubro algo que gosto fico repetitiva e não sossego até enjoar do tema.   Então vamos desgastar a coisa.

Claro que a tal mistura não é novidade. Pelo contrário. Espanhóis, portugueses e italianos fazem essa mistura desde sempre, combinando presunto cru com peixes, bacalhau com bacon e vitela com atum, respectivamente. Indo ainda mais longe no tempo, os chineses também já o faziam: O que seria o yakisoba se não uma união de várias proteínas para dar corpo ao macarrão?

Nos EUA o surf and turf já nasce com outro viés. No auge da era de ouro, nos anos 60, os restaurante da costa Atlântica no intuito de criar pratos soberbos e caros juntaram os dois itens mais caros do menu:  lagosta e filé mignon. A combinação foi taxada de símbolo da culinária kitsch (brega) na Encyclopedia of bad taste (Enciclopédia do mau gosto). E hoje tem sido resgatada por chefs “popstar” como Gordon Ramsay e Jamie Oliver.

Como eu sou metida besta e adoro uma cafonice, fiquei com inveja da Letícia, do Gordon e do Jamie e me meti a fazer a minha versão de  surf and turf aqui no Sem MedidaFui pra cozinha e juntei duas proteínas: o camarão do mar e o filé mignon da terra. Deu certo. Pelo menos aqui em casa a brincadeira fez sucesso.

Outras receitas Surf and Turf:

Panelinha de bacalhau com bacon

Paella Valenciana

 

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