Aqui no Brasil é comum confundirmos chás com infusões de diversas plantas, ervas e até frutas. No entanto, na literatura, chás são bebidas quentes ou frias feitas a partir de uma única planta: a camellia sinenses. Preparos feitos a partir de ervas como cidreira, capim limão, melissa, camomila e de especiarias, como canela e cravo são mais adequadamente chamados de infusões entre os especialistas.

Da camellia sinenses  são obtidas milhares de variedades de chás que variam conforme o tipo de cultivo, nível de fermentação, coleta, preparo e armazenamento das folhas.  Resumidamente, todos esses tipos podem ser divididos em quatro grupos distintos:

  • Chá preto – super fermentado e de sabor forte
  • Chá oolong – de fermentação mediana, fica entre o verde e o preto. Seus sabor também é intermediário entre os dois estilos.
  • Chá verde – levemente fermentado e sabor mais suave. É aquele famoso por ajudar nas dietas por ser diurético.
  • Chá branco – não fermentado, produzido de folhas jovens e tenras é o mais raro e, por isso, caro.

 

Além dessa variações, o terroir da região de cultivo, também influencia nas características da bebida na xícara. Chás pretos indianos são completamente diferentes dos pretos chineses, dos pretos do Sri Lanka e por aí vai. Isso também  vale para os  verdes também.

Há quem torça o nariz para estes chás por achá-los amargos. Mas como no café, o amargor não é uma característica intrínseca. É falta qualidade da matéria-prima ou erro no modo de preparo. Por exemplo, água muito quente e tempo de infusão muito longo podem levar a sensação de amargor tanto no café, quanto no chá.

 

Para preparar um bom chá fique atento aos seguintes pontos

Temperatura da água
A água muito quente pode acabar queimando as folhas e dando amargor na bebida. A dica é da Hanny Guimarães tirada de um ditado oriental é: Suas mãos devem suportar segurar a xícara com o líquido. Se estiver muito quente para as suas mãos, também não está bom para ser consumido.

Tempo de infusão
Tempo de infusão e temperatura da água anda juntos. Sempre tente equilibrar essas duas coisas, quanto mais quente a água, menos tempo é preciso. Além disso, o tempo varia de chá pra chá e de gosto pra gosto. A infusão mais longa, acentua mais o sabor da erva. Alguns fabricantes sugerem o tempo na embalagem, o que pode ser um norte para os iniciantes.  Mas o ideal é fazer vários testes e ver qual é o que mais agrada seu paladar.

Adoçar, pode? 
Pode. Como no café não existe certo ou errado. O que acontece é que ao adoçar você mascara os abor original da bebida, além de esconder defeitos. O importante é beber da forma que se gosta, o prazer está nisso. Há inclusive drinques de chá adoçados com mel. O ingleses costumam beber chá sempre com leite.

Como armazenar
O  ais indicado é guardar em uma lata limpa, sem ter sido usada previamente com outro produto que não o chá para não “dar gosto”. Manter em ambiente limpo, longe da umidade e do sol. Apesar da erva estar desidratada, não é indicado armazenar por muito tempo, por isso, não estoque.

Pratique, arrisque e experimente
Não tem segredo Assim como cafés, vinhos e cervejas, para aprender a para aprender a beber chá é preciso praticar, se abrir a novos sabores e experimentar. Quanto mais se bebe, mais se identifica as características de cada tipo e assim, se acha os sabores mais agradáveis ao paladar.

 

Para acompanhar o Chá:

Receita: Biscoitinhos amanteigados de parmesão e alecrim para o chá com Downton Abbey 

 

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