No último fim de semana eu tive felicidade de participar do VII Festival Gastronômico de Pirenópolis. Para quem não conhece Pirenópolis é uma cidade histórica, sendo uma das primeiras do Goiás. Por acaso, o meu amado estado ( por isso, se espera um texto imparcial, pare agora porque sou bairrista, bem mais que gostaria).  É tombada como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1989.

Também pudera, e um lugar lindo que transpira a história e a cultura da região. Com suas casinhas rústicas, as portas abertas, as Cavalhadas, a gentileza do povo goiano e a comida. Essa última o motivo da minha visita. Como boa goiana que sou, eu já conhecia Piri e poderia discorrer scroll abaixo sobre a qualidades do lugar, mas não é o caso. Vou me ater ao contexto da visita que já vai render muito assunto.

Pirenópolis cada vez mais prova ser uma potência gastronômica. Não só pelas iguarias postas à mesa como o empadão e as flores de coco (foto), mas também pelos produtos de origem agrícola de qualidade que tem apresentado. Queijos da Fazenda Pica-Pau como o camenbert (foto) e os vinhos da Serra dos Pirineus, como o Intrépido, que na degustação não deixou nada a desejar frente a rótulos californianos. O clima da região é favorável produção de syrah. Doa a quem doer ainda vamos ouvir falar muito da vitivinicultura da região.  Ponto pro Goiás!

Durante o Festival, também tive a chance de provar produtos brasileiros de outras regiões e aprender muito sobre eles. O meu amigo e especialista em  café especiais, Ensei Neto, junto com o chef de cozinha e especialista em cachaças, Mauricio Maia, apresentaram uma  degustação que combina cachaça e café. Todos nacionais. Uma experiência única e um exercício sensorial fantástico. Também tivemos degustação de cerveja nacional. A Bierland de Blumenal carregou seus rótulos para  o Cerrado, que foram muito bem apresentados pelo beer sommelier Alberto de Oliveira.     

Nas aulas de cozinha, chefs de outros cantos do Brasil prestigiaram Piri e apresentaram suas receitas, ao lado de chefs locais.  É muito bacana ver gente nova, como a Tatiana Mendes e o Ian Baiocchi, pensando coisas novas aliadas à tradição local na minha terra. E para coroar toda essa rasgação de seda, a receita de um prato que amo: o Empadão Goiano que devorei todos os dias da minha estada em Piri. A receita não é minha, nem foi testada em nada além do meu palato.

 

Receita: Empadão Goiano (com medida)

 

 

 

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