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Qualquer winelover que se preze sabe que a melhor parte desse mundo é a variedade que existe dentro dele. São diversos países, inúmeras regiões, sub-regiões, vales, fora as incontáveis uvas disponíveis e que podemos encontrar em muitos desses locais.

Para algumas pessoas é difícil se aventurar, pois o medo de errar ou de comprar um vinho “ruim” é grande (seja lá o que esse termo ruim de fato significa). Tomar qualquer vinho que não seja produzido com a uva tinta Cabernet Sauvignon se torna uma dúvida muito grande, ou pesquisar rótulos que não sejam Chilenos ou até Italianos não é tão fácil. E por conta disso muitas pessoas não saem da mesmice.

Mas existem países que estão fora da lista dos queridinhos do mundo do vinho, mas que possuem uma produção bastante significativa dessa bebida, ainda pequena, mas que não deixa de ser excitante. Estou falando da Bulgária, Romênia e Áustria. (Essa lista poderia ser maior se houvesse também uma maior diversidade no nosso mercado tupiniquim.)

Mas voltando ao primeiro país da nossa lista, a Bulgária está aos poucos encontrando a sua identidade no mundo do vinho. Nos anos 80 esse país do leste europeu  ficou reconhecido como produtor em massa de vinhos tintos à base de Cabernet Sauvignon. Álias, as uvas internacionais (Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e outras) chegaram a Bulgária na década de 60 e hoje ocupam espaço juntamente com as uvas locais como as tintas: Gamza, Mavrud, Melnik etc. E as brancas: Misket Cherven, Rkatsteli entre outras.

Já a Romênia, um país de língua latina, assim como os idiomas Português, Francês, Espanhol e Italiano já encabeçou a lista de um dos maiores países produtores de vinho. As uvas mais plantadas são as locais Feteasca Neagra e Feteasca Alba, tinta e branca respectivamente, mas o país também conta com uma plantação significativa de uvas como: Riesling renano, Gewurztraminer, Pinot Gris, Cabernet Sauvignon, entre outras. Um fator interessante é que o norte da Romênia está no mesmo paralelo que o Sul da Alsacia e o Norte da Borgonha, ambos na França, ou seja, o clima entre esses locais é bastante semelhante.

Dos três países citados nesse texto, a Áustria talvez seja a mais reconhecida  dentro do mercado mundial de vinho. A uva símbolo do país é a branca Gruner Veltliner que possui um aroma muito peculiar de pimenta branca. O clima tipicamente frio do país facilita a produção de vinhos brancos e é possível encontrar outras castas espalhadas por lá como a Riesling, Muller-Thurgau, Sauvignon Blanc entre outras. E uvas tintas como a Blaufrankisch, Zweigelt, Saint Laurent e Blauburgunder (como a Pinot Noir é conhecida por lá).

Como já seria de se esperar os três países possuem uma fatia irrisória dentro do mercado de vinhos no Brasil, mas é possível encontrar rótulos interessantes de todas essas origens.

Da Bulgaria:

Enira 2009

Vinho tinto de corte (Merlot, Shiraz, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot).  Tonalidade granada, com aromas complexos de fruta negra madura e especiarias doces, além de um toque de couro. Em boca é macio e sedutor. Por cerca de R$ 150,00 na Winelands.

Da Romênia:

Artisan Feteasca Alba Barrique

Vinho branco produzido 100% com a uva autóctone romena Feteasca Alba. No nariz apresenta notas de frutas de caroço como o pêssego e frutas tropicais como o melão, além daquele toque de baunilha por conta da passagem em barrica. Custa cerca de R$ 125,00 na Winelands.

Da Áustria:

Supperer Gruner Veltliner 2012

Produzido na região de Wachau, a mais famosa na Áustria, esse é um Gruner Veltliner seco. Mas não se engane, esse vinho tem aromas de frutas tropicais como o melão e notas minerais no nariz. Tem um bom corpo e pode facilmente ser degustado sozinho. Cerca de R$ 145,00 na Vinhos Etcetera

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