Semana passada, entre 25 e 27 de junho,  rolaram aqui em São Paulo dois eventos ao mesmo tempo, no mesmo lugar e para o mesmo público: a Brasil Brau, mais voltada para cervejeiros profissionais, e o Degusta Beer, mais indicado aos bebedores. Enquanto a primeira reúne novidades em equipamentos, técnicas e tecnologia, o segundo traz quase 400 rótulos, desde os mais recentes até os mais consagrados. Brejeiras que somos, fomos bater perna e erguer os copos.

Começamos com a Tereza Pilsen Extra Hop, essa linda! Lançada no fim de 2012, é a primeira cerveja da rede Mr. Beer e foi feita em parceria com a Lünen Bier, uma nanocervejaria do interior do estado. Como boa Pilsen, é levinha e refrescante, mas com uma carga mais generosa de lúpulo, o que dá aquele amargor seco tão querido ao nosso paladar. Tem 5% de teor alcoólico.

Então passamos à Júpiter, uma American Pale Ale que é o primeiro rótulo da nanocervejaria homônima. Novidade absoluta, terá seu lançamento oficial amanhã, 3 de julho, no Empório Alto dos Pinheiros. Fiel representante do estilo, tem uma linda cor âmbar e os aromas cítricos dos lúpulos americanos, mas no sabor percebemos também a boa presença do malte. Tem 5,4% de teor alcoólico.

Entre as IPAs testadas (e aprovadas com louvor!), uma nacional e uma gringa. A americana Caldera IPA vem numa lata psicodélica e mistura três lúpulos que são nossos melhores amigos: Amarillo, Centennial e Simcoe, mas tem também um belo e maltado corpo! Tem 6,1% de teor alcoólico. A brasileirinha Matanza IPA é como a banda: “pé na porta e soco na cara”. Feita em parceria com a cervejaria Dortmund, é bastante típica do estilo, com seu sabor cítrico e resinoso, mas equilibrado no malte. Tem teor alcoólico de 6,5%.

Já das Bock provadas, uma é novidade e a outra uma relíquia. A Einbecker Ur-Bock Hell é uma – pasmem! – Bock clara tradicionalíssima alemã da Einbecker Brauhaus, cervejaria que existe desde o século 14. Bastante encorpada e com o aroma característico de pão e biscoito dos maltes, conta ainda com a presença massiva do lúpulo, bem herbal. Com seus 6,5% de teor alcoólico, já virou uma das favoritas!

Aqui, a boa nova ficou por conta da Bambergerator, uma Doppelbock tão encorpada que quase dá pra beber de colher. Provamos a versão chope dessa sazonal da Bamberg. Ela foi feita pelo método de decocção, viabilizado pelos novos equipamentos da cervejaria, e leva o Mandarina Bavaria, lúpulo que, segundo o cervejeiro Alexandre Bazzo, é lançamento da pródiga região alemã de Hallertau. Tem 8,2% de teor alcoólico.

 

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