Taí uma coisa que é gostosa. Couve. Cozida, refogada, na manteiga, no bacon e até crua. Eu adoro salada de couve. E daí que nesse calor almoçar um prato geladinho e cítrico é bom para o moral. Pra complementar a couve marinada no limão eu incluí cebola roxa crocante, tomate, pimenta de cheiro e jiló. Jiló? Sim, jiló.
Tá, tá, tá… você odeia jiló. Eu sei. Mas na verdade não odeia não. Você nem sabe direito o gosto que tem, ouviu falar que é amargo e tal, mas comer mesmo, não comeu. Odiar jiló é que como acreditar no Papai Noel. Quase que um inconsciente coletivo paranoia delirante.
Parte da culpa disso é do Gonzagão. A gente cresceu cantando:
Ai, quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz doer
E amarga que nem jiló
Sim, ele amarga, mas não mais que uma IPA e bem menos que jurubeba. Mas vale lembrar que ele é um parente da berinjela (da família das Solanaceae do gênero Solanum) e se comporta de forma semelhante, dá para fazer, por exemplo, um babaganuche de jiló. Além disso ele é rico em proteínas, sais minerais como cálcio, fósforo e ferro e as vitaminas B5 e C. Então se dê essa chance em 2015 e coloca ai na listinha de promessas: eu vou provar jiló. Pra facilitar seu check list segue a receita com truque para diminuir o amargor do jiló.
Corte a couve bem fina. Ou compre fatiada na feira. Corte a cebola roxa em meia lua finamente e coloque de molho na água bem gelada para tirar o sumo forte dela e e fatie o jiló em rodela finíssimas. Esse é o truque que vai reduzir o amargos em 90%.
Marine tudo com suco de limão. A quantidade deve ser suficiente para envolver todos os vegetais.