Farofa de Talos e Folhas e Beterraba Assada com Queijo Minas

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Tão gostosos quanto a própria beterraba são os seus talos e folhas. Quando ainda são novos, eles são mais macios e por isso ficam ótimos mesmo crus, no meio de uma salada ou para enfeitar pratos quentes, por exemplo. Mas quando as beterrabas já estão maiores, costumo picar tudo bem pequeno e refogar com cebola e alho. Nem sempre as beterrabas são vendidas com talos e folhas, por isso compro sempre em hortas, onde elas são colhidas na hora.

Há algumas semanas estive em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Não é a região mais rica em cultura gastronômica, mas existem produtos típicos bem populares e interessantes, como os mates gelados tomados em cuias chamados de tereré. No Mercado Municipal encontra-se uma boa variedade de farinhas, e no estacionamento do Mercado há uma feira indígena onde podemos comprar frutos do cerrado.

A farinha de Furnas, produzida no quilombo Furnas do Dionísio, localizado a 45km da capital, é uma farinha grossa e muito saborosa, e foi ela que usei pra fazer esta farofa. A cor linda fica por conta dos talos e folhas da beterraba. Ficou muito boa!

Para acompanhar, assei as beterrabas embrulhadas em papel alumínio até ficarem macias.

Ingredientes
2 xícaras de farinha de mandioca grossa
Folhas e talos de umas 5 beterrabas
1 cebola picada em cubos pequenos
2 dentes de alho bem picados
100g de manteiga
Sal e pimenta do reino moída na hora
Beterrabas assadas
Queijo branco esfarelado

Modo de fazer
Aqueça a manteiga e refogue a cebola. Coloque o alho e refogue um pouco mais. Adicione os talos e folhas da beterraba e deixe no fogo até que estejam macios. Desligue o fogo e coloque a farinha. Acerte o sal, moa um pouco de pimenta do reino por cima e sirva com as beterrabas fatiadas e queijo minas.

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*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!


Receita: Camarão Aioli com Couscous de Farinha d’água com Coco e Castanha-do-Pará

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Agora é a vez da farinha d’água no especial de Mandioca do Sacola Brasileira. Conheci essa farinha quando dividi o apartamento, em idos de 2005, com amigo paraenses. Junto com ela veio também o tucupi, o suco obtida mesma mandioca (a brava). Depois em 2009, tive a chance de visitar esses mesmos amigos em Belém e lá fiquei ainda mais íntima e apegada à cozinha paraense e seus ingredientes.

Entre eles a farinha d’água, que já preparei de muitos os jeitos. Aqui, por exemplo, ela entra junto com a tapioca para empanar o peixe. Mas o meu uso favorito é o couscous. Bem no estilo marroquino temos que hidratar a farinha e temperar a gosto. No caso usei coco, castanha do pará e tomatinhos, tudo para guarnecer um camarão graúdo. Ficou dos deuses. Segue.

Ingredientes (para duas pessoas)
2 camarões (do maior que você puder pagar para dar aquele efeito bonito). Peça para o peixeiro limpar deixando a ponta do rabinho
Alho (eu usei uns 2 dentes grandes)
Sal
1 xícara de farinha d’agua
1/2 xícara de água de coco
1/2 xícara de leite de coco
1/2 xícara de fitas de coco (eu não achei coco fresco, tive que usar o seco, mas fresco é melhor)
1/2 xícara de castanha-do-pará picada
6 tomatinhos cortados em quartos
Folha de coentro a gosto (acredite, fica bom)
1 pimenta dedo-de-moça
Azeite de oliva quanto necessário
1/2  copo de vinho branco seco (o de sempre, se não vale para beber, não vale para comer)

Preparo

Comece hidratando o couscous. Para isso vamos fazer um caldo de coco. Junte a água de coco com o leite de coco, a pimenta dedo-de-moça e um ramo de coentro e leve para ferver.  Quando ferver, jogue esse liquido na sêmola (ou farinha d’água) couscous, mas só o suficiente para quase cobrir o grão (como na foto acima), e abafe. O grão vai  absorver o líquido ficando hidratado e macio. Reserve. Vamos ao refogado.

Em uma panela, aqueça um pouco de azeite, coloque metade de alho e deixe dourar um pouco. Junte o tomate, castanha do pará,  o coco e o coentro. Salteie um pouco, uns 30 segundos,  e desligue o fogo. Junte o grão hidratado e misture bem. Se ficar muito seco, coloque mais um pouquinho do caldo de coco. Reserve aquecido (no forno, por exemplo). Agora, os camarões.

Coloque um fio de azeite numa frigideira e aqueça em fogo alto por uns 3 minutos, coloque os camarões e deixe dourar dos dois lados (3 minutos de cada lado). Quando ele começar a mudar de cor, junte o alho amassado, deixe mais 2 minutos. Ele vai ficar com uma co laranja linda.  Acrescente o vinho e assim que secar deligue o fogo. Monte o prato individual com um pouco de couscous e o camarão.


Receita: Paçoca de carne seca moderninha

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Esse post marca a abertura do Especial de Mandioca que o Sem Medida vai participar nas próximas semanas. A ideia veio da querida colega jornalista Rachel Bonino que tem um dos blogs mais legais da internet: o Sacola Brasileira. Lá ela chafurda nos ingredientes da nossa fauna e flora e mata a nossa sede de conhecimento de forma leve e palatável.

Rasgação de seda a parte, a Rachel me procurou com a ideia do Especial de Mandioca cujo objetivo é apresentar os subprodutos obtidos da mais brasileira das raízes e contar um pouco dessa história que se confunde com a do País. Vamos falar de tudo, desde farinhas até as bebidas feitas com a maniva.

Abaixo, a primeira das receitas que preparei: a paçoca de carne seca. Não é nova, nem criativa é apenas reformatada.  Tal preparo é consumido no Brasil há quase a tanto tempo quanto a carne seca. É um prato de resistência, quase um recurso de sobrevivência para tropeiros e viajantes. A carne seca, socada com farinha de mandioca durava tempo suficiente para alimentá-los nas longas viagens, além de nutrir e sustentar.

Originalmente é feita no pilão, onde carne frita e farinha era socadas até se integrarem em um só farelo crocante, aromático e repleto de sabor. Aqui eu proponho uma versão de preguiçoso, bem 2014. Claro que perto da original deixa um pouco a desejar. Afinal, comida boa dá trabalho, mas dá para o gasto se considerarmos que a força e tempo investidos são bem menores. Chega de papo, vamos à receita.

Ingredientes
500g de carne-seca bem limpa cortada em cubos pequenos (2 cm)
1 folha de louro
1 ramo de alecrim
1 pimenta de de bode (ou meia dedo de moça)
1/3 de xícara de chá de manteiga (ou banha se tiver a ousadia na ordem vigente)
2 cebolas grandes em cubinhos
4 dentes de alho picadinhos
4 xícaras de chá de farinha de mandioca
Sal e pimenta a gosto

Preparo

Lave bem e coloque  a carne de molho na água com 24h de antecedência (ou compre dessalgada para passar ainda mais recibo de preguiçoso).  Troque a água o máximo de vezes que puder. Depois cozinhe a carne na pressão com o louro, a pimenta, o alecrim e metade de uma das cebolas.

pacoca_larissa_januario_semmedida23Escorra bem e desfie a carne descartando nervos e gorduras. Em um frigideira doure a outra metade da cebola e 1 dente de alho a manteiga e refogue a carne para ficar sequinha. Reserve.

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Depois de refogar até que acarne fica sequinha, passe no processador de alimentos para dar uma triturada. É importante que fique bem sequinha para não virar um pasta.

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Na mesma frigideira coloque mais manteiga, a outra cebola cortada em cubinhos o restante do alho picadinho e refogue ate dourar. Junte a farinha, misture bem e acrescente a carne seca processada. 

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Misture bem a carne e vá mexendo até que fique uma farofinha bem sequinha e crocante. Se quiser acrescente cheiro verde picado bem pequeno nesse momento. 

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Para um paçoquinha mais delicada e fina passe mais um vez a mistura pronta no processador, mas deixe esfriar primeiro.

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 Sirva com qualquer preparo como uma farofa. Também vai bem como tempero para saladas. 

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Receita: Farofa de Abobrinha Brasileira

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Ingredientes 
Dentes de alho (1, 2 no máximo)
1/2 cebola picada basta
2 colheres de manteiga
Farinha de mandioca (1 xícara de chá é suficiente pra dois)
Pimenta opcional
2 abobrinhas brasileiras raladas

Preparo

Comece com um refogado de cebola, alho e pimenta (sempre), assim, sem medida mesmo.  Junte a abobrinha ralada. Refogue, mas não muito, uns cinco minutos bastam pra manter a crocância. Junte a farinha de mandioca e mexa.

Sirva com peixes, aves ou mesmo para acompanhar um churrasco.