Está chegando o IPA Day Brasil, a festa dos sonhos do cervejeiro

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Há três anos, os Estados Unidos iniciaram uma recente tradição que já foi mundialmente abraçada – ou ao menos no universo cervejeiro. Toda primeira quinta-feira de agosto é dia de celebrar um dos estilos preferidos de cerveja, a IPA. O Brasil não fica muito atrás neste cenário, mas com sotaque um pouquinho diferente: a segunda edição do IPA Day Brasil será sábado, dia 3, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

“No ano passado, tivemos 1.500 litros de 18 cervejas, sendo 16 rótulos que estão no comércio e mais duas caseiras. Este ano serão quase cinco mil litros de 20 rótulos, todas de cervejarias reconhecidas”, compara Rafael Moschetta, organizador do evento e gerente de Marketing da cervejaria Colorado. “Enquanto no primeiro evento tivemos 500 visitantes, nesta segunda edição são esperadas 1.500 pessoas”, completa.

Os ingressos estão sendo vendidos em lotes com diferentes valores, pela internet e em alguns pontos de venda em São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Rio de Janeiro e Curitiba, que podem ser conferidos na página do evento no facebook. O primeiro lote, R$ 90, está esgotado. O segundo lote sai por R$ 110 e o terceiro será R$ 130. A entrada dá direito ao estiloso copo do evento, que é open bar para água e todas as cervejas!

Os shows de bandas de rock e blues também estão inclusos no valor do ingresso. A única coisa cobrada à parte será a comida. “Fechei parceria com dois restaurantes locais, para que criassem opções no cardápio que harmonizam bem com IPA”, se entusiasma Rafael. São delícias como o sanduíche de carne de porco marinada na cerveja e a coxinha IPA, que leva curry.

Um golinho de História

A IPA, ou India Pale Ale, foi criada pelos ingleses ainda no século 18, dada a necessidade de mandar cerveja boa para os oficiais da rainha que serviam na então colônia indiana, que não tinha água potável. Ainda de acordo com a Larousse da Cerveja, para aguentar a viagem a bebida levava uma carga extra de lúpulo, que a esta altura já se sabia, ajudava a preservá-la.

O sucesso foi imenso e hoje o estilo foi se desenvolvendo até se subdividir nas categorias que temos hoje: a APA, variação americana com ingredientes nativos, a original, English IPA, e a Imperial IPA ou Double IPA, ainda mais extremas, lupuladas e alcoólicas. Quem for ao IPA Day Brasil poderá provar mais de 20 rótulos em versão chope, de doze cervejarias. Abaixo, a lista completa:

Bodebrown e Stone Cacau IPA
Bodebrown Perigosa
Bodebrown Double Perigosa
De Bora Perigosa
Colorado Indica
Colorado Vixnu
Cervejaria Nacional Mula IPA
Dama IPA
Dortmund Odell Session IPA
Dortmund The White IPA
2cabeças Hi-5
2cabeças MaracujIPA
Invicta Imperial IPA
Schornstein IPA
Seasons Green Cow
Seasons Holy Cow
Way American IPA
Way Double APA
Küd Bier Kashmir
Inconfidentes Derrama
Falke Bier Estrada Real

 

 


Uma pitada de reportagem: Moqueca, cada um na sua, mas com algo em comum

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Se perguntar para um baiano o que vai numa moqueca a resposta será bem diferente de um paraense. Para vandalizar ainda mais, chame um capixaba para a conversa. Provavelmente ele dirá: moqueca só tem no Espírito Santo, o resto é peixada.

Poucos pratos causam tanta polêmica, mas também são raros os que gozam de tanta popularidade e versões diferentes entre os brasileiros. É difícil afirmar qual a verdadeira. Até porque os africanos, antes mesmo de vir para o Brasil já faziam pratos bem similares com nomes diferentes.

Aqui o nome tem origem indígena, uma variação da palavra tupi pokeka, algo semelhante a embrulho. Representa o modo como os índios brasileiros preparavam os peixes envolvidos em folhas de bananeira com pimenta e colocavam para cozer na brasa.

Como afirmou o historiador Luís da Câmara Cascudo, no seu livro “História da Alimentação no Brasil”: “O cardápio brasileiro é uma incessante manobra aquisitiva de valores… Houve um processo aculturativo que não terminou. Conservam às vezes o nome, africano ou indígena, mas quase nada existe de autêntico na substância real. No primeiro caso, o vatapá e a feijoada completa. No segundo, o caruru, a moqueca de peixe”, anota.

Tais registros de Cascudo servem apenas para acalmar os ânimos dos puristas e dos radicais. No frigir dos ovos, praticamente todas as nossas receitas descendem de outras trazidas pra cá não só nos tempos do Brasil Colônia, bem como ao longo da construção de um ovem país. Logo, não há certo e errado, nem verdadeiro nem falso. E a moqueca é talvez a maior representante dessa trajetória.

 

Confira algumas versões de moqueca:

Receita de Moqueca Sertaneja da Margot

Receita de Moqueca africana (peixa à lumbo)

Receita de Moqueca Ovo Vegetariana

 


Receita de Moqueca Sertaneja da Margot

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Eu amo moqueca. Todas elas. A goiana, a baiana, a paraense, a capixaba, a vegetariana…Pois é. Se você nem sabia que existiam tantas, vai se surpreender  com a receita de hoje. A Moqueca Sertaneja me foi apresentada pela amiga, vizinha e cozinheira de mão cheia Margot. Uma baiana das boas, que trabalha no Goshala (restaurante que faz a melhor moqueca vegetariana que já comi). Além disso, ela vende congelados saudáveis e deliciosos no seu Culinária da Margot.

Na receita dela a moqueca se apresenta no melhor estilo Surf and Turf (mar e montanha), combinando frutos do mar com carne de porco. Foi com essa receita que provei pela primeira vez a fruta pãoFruto nutritivo originário da Indomalásia que serve de base na alimentação dos povos da Polinésia, no Oceano Pacífico e pelo visto, da Bahia. Tem sabor delicado, levemente adocicado, textura macia, depois de cozida. Algo entre a batata e o nhame, mas mais aveludada. Procure e se encontrar, prove.

As fotos abaixo são do dia que abri minha cozinha para a Margot. Não estão lá essas coca-colas, nem fazem jus ao sabor do prato, mas eu achei que seria um erro guardar esta receita comigo. Lá em baixo, um pouco da história da moqueca, um dos pratos mais originais da nossa cozinha. A próxima será uma versão sem carne.

Receita: Moqueca Sertaneja da Margot

Ingredientes (para 6 pessoas)

200g charque cortado e desalgado
250 calabresa em cubos
200 g lombo de porco defumado
100 g de bacon
1 quilo de frutos do mar (lulas, maricos, vieiras, camarões, o que você puder e o dinheiro der)
100 g de camarão seco dessalgado
100 ml de molho de tomate
1 vidro de leite de coco (200 ml)
1
 cebola em rodelas ou picada ( 100g )
3 tomates em rodelas ou cubos
3 dentes de  alho amassados
250 de mandioca em cubos al dente (ou fruta pão) difícil de achar em alguns lugares
Pimenta a gosto
Azeite de dendê
Cheiro verde a gosto (salsa, cebolinha e coentro) 

Preparo

Comece fritando as carnes separadamente: o lombo defumado, o charque, a calabresa e o bacon. vale colocar um pouco de cebola ou alho poró nessa fase. Retire o excesso de óleo e descarte e reserve as carnes. Salteie os frutos do mar frescos. Nós usamos lulas, vieiras, camarões e mariscos.  Reserve também.

Refogue o restante da cebola com o tomate e o alho. Junte os camarões secos. Acrescente as carnes defumadas e os frutos dos mar. Despeje o leite de coco, o molho de tomate, o cheiro verde, a pimenta inteira (usamos de bode) a castanha de caju e deixe no fogo para pegar gosto por  uns 5 minutos. Finalize com o azeite de dendê. Acerte o sal.     

 

 

Cerveja Sugerida: Bamberg Bohemian Pilsen Camila Camila

 

Inspirada na musica da banda Nenhum de Nós. Cerveja do estilo Bohemia Pilsener, produzida em Votorantim (SP) pela Bamberg. Boa presença de amargor. É considerada uma releitura da Tcheca, feita há tempos pela mesmas cervejaria. Lúpulo presente e notas de malte e cereal. Um cerveja fácil de beber por um longo tempo.  Preço médio: R$ 15,50 (600 ml)

 

 

 

Mais sobre moquecas:

 Uma pitada de reportagem: Moqueca, cada um na sua, mas com algo em comum

 


Conheça algumas cervejas sazonais de inverno e receitas que combinam

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Todos os anos algumas cervejarias produzem as receitas específicas de inverno. Essas cervejas sazonais geralmente têm edição limitada. Para nós que amamos essa bebida é a hora de tomar raridades como a Colorado Ithaca e a Bamberg Alt. Como são poucas, tem de correr e procurar. A seguir a seleção do Cervejices para você tomar enquanto abraça o seu boneco de neve brasileiro.

 

Weizenbock Dunkel Bamberg

Indicada para esses dias mais frios,  a sazonal Bamberg Weizenbock Dunkel é uma representante escura das cervejas de trigo (Weizenbier)  tradicional estilo da Baviera, na Alemanha. Leva 55% de malte de trigo e passa por processo de mostura, decocção, muito utilizado pelas pequenas cervejarias da região da Franconia, com 8,2% de teor alcoólico. Tons de rubi, marrom e vermelho e denso creme. Aroma  e sabor complexos como banana passa, ameixa, cravo, toffee, caramelo e um final cítrico e refrescante. Harmoniza com carnes de sabor acentuado, pato, queijos com longo período de maturação e mofados. Temperatura ideal de consumo: 6 a 10°C. Preço sugerido pelo fabricante: R$ 15 (600 ml)

Sugestão de receita: Boeuf Bourguignon 

Colorado Ithaca 

 

É a cerveja de guarda da Colorado, uma preciosidade raramente encontrada. No estilo imperial stout  tem as características tradicionais da escola inglesa. Aquece a alma, a começar pela quantidade de álcool (10%). É encorpada,  escura e densa. Como passa  por um longo período de maturação na garrafa tem elevada longevidade evoluindo em sabores com o decorrer do tempo. Como é marca registrada da cervejaria de Ribeirão Preto, Ithaca traz na sua receita um ingrediente bem brasileiro: a rapadura queimada.  Vai bem com carnes de sabor acentuado, queijos duros e maturados, presunto cru e sobremesas caramelizadas. Preço sugerido pelo fabricante: R$ 50 (600 ml).

Sugestão de receita: Creme Brulée

 

 

Bamberg Bock

 

 

Cerveja de de baixa fermentação produzida sazonalmente pela Bamberg, em Votorantim (SP). Tem 7,0% de teor alcoólico, bom corpo e cor escura. À mesa pede pratos gordurosos, apimentados e ensopados à base de carnes vermelhas, porco. Deve ser servida não muito gelada, entre  entre 8ºC e 12ºC de temperatura. Preço sugerido pelo fabricante: R$ 12 (355 ml).

Sugestão de receita: Costelinha Braseada, com Angu de Milho Verde e Chips de Jiló

 

Baden Baden Bock

A maneira como os  povos da Bavária pronunciavam  Einbech, nome da cidade da Saxônia de onde veio este estilo de cerveja, deu origem ao nome Bock. Algo como Einbock. Essa larger da Baden Baden é uma represnetante digna do estilo. Tem corpo médio, sabor levemente adocicado, cor escura e notas tostadas. Cai bem com frutos do mar ou carnes vermelhas de sabor sutil. Preço sugerido: R$ 19,90 (600ml).

Harmoniza com Camarão Alho e Óleo com Tatsoi (couve chinesa)

 

Duvel Tripel Hop

Todo ano a Duvel faz uma cerveja Tripel Hop em edição limitada sem nunca repetir a receita. O nome já dá a letra que  é uma cerveja para fãs de lúpulo como eu. A versão 2013 mantém na composição os lúpulos Saaz-Saaz e Styrian Golding e inova com o lúpulo japonês Sorachi Ace no dry hoping. Preço sugerido pelo importador: R$ 25 (330 ml). 

Harmoniza com Chili com carne e guacamole

 

 Alt Bamberg

Outra sazonal da Bamberg, a A Alt segue um estilo de cerveja de alta fermentação, típico de Dusseldorf, na Alemanha. Fácil de beber apesar de complexa nos aromas e sabores. O teror  alcóolico de 5,0% também não intimida. Ideal para pratos picxantes, gordurosos e carnes vermelhas. Deve ser bebeida entre 6ºC e 8ºC. Preço sugerido pelo fabricante: R$ 12 (355 ml).

Harmoniza com Bife Grelhado com Pesto de Rúcula Picante 

 

Kaiser Bock 

A Kaiser Bock é uma cerveja honesta, com preço bom, puro malte e que desde 1993, bem antes da onda cervejeira invadir o país, nos alegra no inverno.  Encorpada, avermelhada e com teor alcoólico mais elevado que a média do fabricante. bom par para peixes e grelhadas. Preço sugerido: R$ 1,85 (355 ml).

Harmoniza com Peixe ao Molho de Coco e Alho Poró

 

 

 

 

 

 

 

 


Mr. Beer lança kit com cervejas do Ultraje a Rigor

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Rock e cerveja são um casal perfeito: ambos têm variedades suficientes para todos os tipos de gosto, e se você tiver uma boa dose de cara de pau, pode fazer os dois em casa.

Sempre que chega o 13 de julho eu volto praquele lugar nos anos 90, quando éramos todos sub20, e o rock e a cerveja tinham apresentado-se recententemente como as maiores verdades da vida.  Dia pra gente desencavar a playlist e lembrar (com saudade) de todos os empurrões, queimaduras de cigarro, banheiros sujos, filas e cotoveladas na costela que já levou enquanto tomava cerveja (ruim e) quente.

E é nesta pegada gostosa e saudosa que hoje vou falar de três bandas brasileiras que consumaram a união e lançaram recentemente suas cervejas:

 

 

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