Eu fui apresentada ao tucupi, o suco espremido da mandioca brava, já faz bastante tempo. Foi quando dividi a casa com dois amigos paraenses. Eita época saborosa! A geladeira vivia cheia de delícias do norte que as mães mandavam de Belém. Maniçoba, filhote, farinha d’água, jambú, alfavaca e ele, o tucupi.
E foi num desses domingos de preguiça que deu vontade na Fernanda de comer pato no tucupi. Na falta do pato e na ânsia da fome compramos um daqueles frangos assados de televisão de cachorro e botamos pra cozinhar no caldo amarelo temperado. O improvisou deu certo e nós nos fartamos.
Ingredientes (para duas pessoas)
2 galetos
4 dentes de alho
6 mini cebolas
2 colher de manteiga sem sal
Sal e pimenta a gosto
500ml de tucupi
4 folhas de chicória do pará (ou se não achar, 3 ramos de coentro)
2 Pimentas de cheiro
2 Pimentas de bode
Jambu a gosto
Preparo
Tempere os galetinhos com sal pimenta e dois dentes de alho amassados.
Recheie cada um com 3 mini cebolas e 1 pimenta inteira.
Passe um barbante em torno dele de forma que fique bem apertadinho e junte as coxinhas na parte superior dando um nó. Tempere o galeto também por dentro.
Feche o fundo deles com um palito de dente. Lambuze com manteiga. Cubra com papel alumínio e leve ao forno médio. Depois de 20, 30 minutos verifique se está cozido e retire o papel para dourar.
Em uma panela funda coloque o tucupi com dois dentes de alho, a chicória, o jambu, a pimenta de cheiro e ferva por 10 minutos.
Coloque os galetos no tucupi e ferva por uns 15 a 20 minutos. Sirva quente com arroz branco e farinha fina de mandioca.
Nosso sorvete ficou bem brasileiro e cheio de textura e sabor combinado o cocante da castanha e a leveza da tapioca isoporzinho, aquela que parece uma pipoquinha. Se quiser variar, vale servir nosso sorvete com uma calda de açaí e homenagear o estilo paraense de comer essa tapioca. Lá eles costumam começar o dia encaram um dejejum com 1 castanha-do-pará e uma boa tigela de açaí com tapioca. Delícia!
Sorvete de tapioca com castanha-do-pará
Ingredientes:
Merengue
6 claras
1 pitada de sal
40g de açúcar de confeiteiro para a clara em neve
1/2 vidro de creme de leite
1/2 lata de leite condensado
150g de castanha-do-pará triturada
200g de tapioca tipo isoporzinho
Em uma batedeira bata o creme de leite até o ponto de chantili. Junte o leite condensado e bata mais um pouco, apenas ara homogenizar. Junte a castanha do pará e a castanha-do-para e misture bem com a ajuda de um pão duro ou um fuet (sem bater). Reserve na geladeira enquanto faz o merengue.
Limpe a batedeira e coloque as claras para fazer o merengue francês. Bata metade das claras com uma pitada de sal, umas gotas de limão e o açúcar. Quando começar a ficar firme e crescer, coloque o restante das claras e deixe bater até o ponto de picos firmes (Quando você vira, ela não cai).
Junte a tapioca ao creme de castanha-do-pará e mexe para incorporar, depois acrescente o merengue e mexa com muito cuidado. A ideia é que ele incorpore ar ao sorvete, por isso não deve bater. Leve o congelador na potência máxima. Ele deve congelar em no máximo 12h.
Para servir, você pode fazer as tradicionais tapioquinhas e usá-las para substituir a casquinha do sorvete. Além de ficar diferente, acrescenta textura à receita. Decore com mais isoporzinho.
Repetindo o sucesso da primeira edição, vai até o dia 02/03 a 2ª SP Coffee Week. Cerca de cinquenta casas – incluindo cafeterias, docerias, rotisserias, bares, hamburguerias, food truck, entre outros – oferecerão promoções em que o café é protagonista. Com o dobro de participantes da anterior, as casas participantes investem não só na bebida tradicional, como também em drinques refrescantes para amenizar o calor do verão.
Entre os estreantes: o Aro 27, bike café em Pinheiros, servirá o Orange Coffee com Macadâmia – um café gelado e revigorante (R$ 9); o Buzina Food Truck oferecerá Arroz doce gelado, acompanhado por uma xícara de espresso (R$ 7); a hamburgueria Meats optou pelo Milk shake de doce de leite de vacas Jersey batido com café coado (R$ 22); a Deliqatê servirá o Iced Coffee (R$ 6) em quatro sabores: baunilha, canela, cardamomo e camomila, que chegará à mesa sozinho ou acompanhado por salada de frutas (R$ 12,50).
Cafeterias como Coffee Lab e Santo Grão participam como torrefadoras, já o Martins Café e o Sofá Café ajudaram na curadoria indicando estabelecimentos. O Coffee Lab oferece na loja da Vila Madalena um teste com cinco perguntas relacionadas ao café. O cliente que responder corretamente todas as questões ganhará na hora uma latinha de café e concorrerá a uma vaga no curso Café caseiro. O Sofá Café, Martins Café e Santo Grão oferecem também ao público degustações gratuitas.
Cartão digital SP Coffee Week
A SP Coffee Week – por meio da Guidu Card e com apoio da Revista Espresso e Café Store – oferece prêmios para as duas semanas do evento. Até o dia 23 de fevereiro as 25 primeiras pessoas que fizerem três pontos em seus cartões digitais Guidu Card ganharão uma assinatura de um ano da Revista Espresso – a mesma promoção é válida para a segunda semana do evento (de 24 de fevereiro a 02 de março). Além disso, as três pessoas que mais promoções consumirem durante o evento, e pontuarem no cartão digital, ganharão um kit Café Store – com um moedor de café Krups e um pacote de Martins Café em grãos (250g).
Para participar o consumidor deve baixar o aplicativo Guidu Card em seu smartphone, procurar por “SP Coffee Week” e clicar na opção pontue. Através da câmera, disponível no próprio aplicativo, o cliente irá digitalizar o “QR CODE” – código de barras – do estabelecimento participante e automaticamente marcará um ponto que poderá ser visualizado toda vez que acessar o aplicativo.
Eu cresci comendo esse biscoito. Talvez seja uma das minhas primeiras memórias gustativas, o queijo e o polvilho combinados, quentinhos com a manteiga numa leveza incomum. A casquinha é crocante e o recheio é macio e molhadinho. Uma dissidência da chipa, o pão e queijo paraguaio. A diferença é basicamente que aqui não colocamos leite.
Existe lá no Goiás um sem fim de receitas de biscoito de queijo. Acredito que cada casa tenha a sua. Na minha a gente sempre fez a da Tia Isaltina, mãe de uma das minhas grandes amigas, que cresceu comigo. Eita biscoito bom! Aqui, depois de muito pesquisar e testar, cheguei numa receita próxima a dela, porque igual é impossível. Mas ainda assim vale a pena ara o lanche do fim de tarde com café. Ah, essa é mais uma das nossas receitas do Especial de Mandioca, do Sacola Brasileira. Vem que tá raiz, há!
Ingredientes
3 xícaras de polvilho doce
3 xícaras de queijo meia cura ralado
3 colheres de manteiga (ou banha de porco, se tiver coragem)
3 ovos
1 colher de sobremesa de fermento químico
Sal (lembrando que o queijo já tem sal)
Preparo
Junte o queijo, o polvilho, os ovos, a manteiga, o fermento e misture inicialmente com um garfo. Depois com as mãos mesmo. Prove um pouco da massa nesse ponto confuso, se achar necessário, coloque um pitada de sal (se o queijo for salgado, evite).
A princípio a massa ficará grudenta, mas continue sovando até que ela desgrude da mão e fique homogênea.
Ligue o forno para aquecer. Enquanto isso enrole os biscoitinhos no formato que preferir. Mas use em média 1 colher de sopa de massa para cada biscoito.
Assim você terá biscoitos mais uniformes que assarão por igual. Leve ao forno alto até dourar. Deve levar uns 20 minutos. Não deixe escurecer demais para não ressecar.
Agora é a vez da farinha d’água no especial de Mandioca do Sacola Brasileira. Conheci essa farinha quando dividi o apartamento, em idos de 2005, com amigo paraenses. Junto com ela veio também o tucupi, o suco obtida mesma mandioca (a brava). Depois em 2009, tive a chance de visitar esses mesmos amigos em Belém e lá fiquei ainda mais íntima e apegada à cozinha paraense e seus ingredientes.
Entre eles a farinha d’água, que já preparei de muitos os jeitos. Aqui, por exemplo, ela entra junto com a tapioca para empanar o peixe. Mas o meu uso favorito é o couscous. Bem no estilo marroquino temos que hidratar a farinha e temperar a gosto. No caso usei coco, castanha do pará e tomatinhos, tudo para guarnecer um camarão graúdo. Ficou dos deuses. Segue.
Ingredientes (para duas pessoas)
2 camarões (do maior que você puder pagar para dar aquele efeito bonito). Peça para o peixeiro limpar deixando a ponta do rabinho
Alho (eu usei uns 2 dentes grandes)
Sal
1 xícara de farinha d’agua
1/2 xícara de água de coco
1/2 xícara de leite de coco
1/2 xícara de fitas de coco (eu não achei coco fresco, tive que usar o seco, mas fresco é melhor)
1/2 xícara de castanha-do-pará picada
6 tomatinhos cortados em quartos
Folha de coentro a gosto (acredite, fica bom)
1 pimenta dedo-de-moça
Azeite de oliva quanto necessário
1/2 copo de vinho branco seco (o de sempre, se não vale para beber, não vale para comer)
Preparo
Comece hidratando o couscous. Para isso vamos fazer um caldo de coco. Junte a água de coco com o leite de coco, a pimenta dedo-de-moça e um ramo de coentro e leve para ferver. Quando ferver, jogue esse liquido na sêmola (ou farinha d’água) couscous, mas só o suficiente para quase cobrir o grão (como na foto acima), e abafe. O grão vai absorver o líquido ficando hidratado e macio. Reserve. Vamos ao refogado.
Em uma panela, aqueça um pouco de azeite, coloque metade de alho e deixe dourar um pouco. Junte o tomate, castanha do pará, o coco e o coentro. Salteie um pouco, uns 30 segundos, e desligue o fogo. Junte o grão hidratado e misture bem. Se ficar muito seco, coloque mais um pouquinho do caldo de coco. Reserve aquecido (no forno, por exemplo). Agora, os camarões.
Coloque um fio de azeite numa frigideira e aqueça em fogo alto por uns 3 minutos, coloque os camarões e deixe dourar dos dois lados (3 minutos de cada lado). Quando ele começar a mudar de cor, junte o alho amassado, deixe mais 2 minutos. Ele vai ficar com uma co laranja linda. Acrescente o vinho e assim que secar deligue o fogo. Monte o prato individual com um pouco de couscous e o camarão.