Há algumas semanas fui gentilmente convidada pela Comissão de Vinhos do Tejo a conhecer a região. Era a minha primeira viagem a Portugal então eu estava super empolgada. Todo ano tento conhecer um novo país e com tantos compromissos em 2015, quase não bati a minha meta.
Fiquei instalada na cidade de Almeirim, que fica cerca de uma hora de carro da capital Lisboa. Na estrada em direção a Almeirim algo já tinha chamado a minha atenção. Era a formação de uma névoa que durou apenas o período da manhã, e se dissipou com o passar das horas dando passagem a um baita solzão. O clima durante boa parte da viagem ficou bastante seco e quente.
Mas voltemos a tal névoa que me chamou a atenção, e também a influência marítima que a região sofre. Fiquei divagando sobre a possibilidade das uvas daquela parte do Tejo serem atacadas pelo fungo da Botrytis, aquele mesmo fungo que acomete algumas vinhas em Bordeaux e em Tokaji e ajuda na produção de alguns dos vinhos mais doces do mundo, o Sauternes e o próprio Tokaji. E para a minha surpresa: sim, dependendo do ano alguns vinhos botritizados podem sair do Tejo também.
Mas essa era apenas uma das regalos que tive durante a minha estada. Algumas vezes falamos em custo x benefício no mundo do vinho e isso nos lembra produtos de qualidade questionável, por um preço que todo mundo pode pagar. No Tejo, o custo x benefício de fato acontece! Espero que os valores na subam depois desse artigo, mas não tenho tamanha pretensão.
Numa região onde podemos encontrar desde produtores pequenos e familiares até grandes cooperativas, os diferentes estilos de vinho também são trabalhados. Tive a chance de provar desde espumantes, rosés, brancos, tintos e vinhos de sobremesa e tenho que assumir que foram poucos aqueles que se apresentaram como uma qualidade aceitável.
Os tintos portugueses são sempre agradáveis, encorpados, combinam bem com pratos á base de caça e aqueles que degustei no Tejo são muito semelhantes. As uvas mais encontradas foram a Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Castelão, Syrah, Cabernet Sauvignon e também a Merlot.
Mas foram os brancos que me chamaram à atenção. Limpos, bem feitos, vívidos, com fruta tropical madura e alguns passados por madeira, mas sem chegarem a ser enjoativos. As uvas mais utilizadas são a Fernão Pires, a casta branca mais plantada em Portugal e a Arinto, que contribui com a sua natural acidez elevada. A Chardonnay também é encontrada por lá, mas numa menor escala.
Só que não podemos falar de Portugal, sem falar da sua culinária. Bebe-se e come-se muito bem lá! Eu já sabia disso, mas pude provar. Na cidade de Almeirim, aquela que citei logo no começo do texto, existe a famosa Sopa da Pedra. A história conta que existia um frade naquela região que disse que conseguia fazer uma ótima sopa de pedra, mas para a sopa ficar melhor ainda, ele necessitaria de alguns ingredientes extras como feijão, ervas, carne etc. Tudo lorota, mas a fama da sopa ficou! Ela é bastante rica e uma delícia.
Se você ficou curioso ou curiosa para descobrir algumas das maravilhas do Tejo, anota a minha dica:
– Cardal Tinto Regional do Tejo 2013
Produzido com as uvas Touriga Nacional, Castelão e Trincadeira, ele possui aromas primários de frutas vermelhas bem maduras, como a ameixa e até o morango e em boca ele tem uma textura bem suave. Na Evino por cerca de R$ 37.
Espero que tenha gostado. Tchau!
* Jéssica Marinzeck “Sommelière Certificada pela Court of Master Sommeliers, na Europa e nível 3 na WSET de Londres. Comecei minha experiência com vinhos na Europa e hoje sou Coordenadora de Compras do site Evino. Sou criadora do ‘O Canal do Vinho’ no YouTube e lanço esse ano meu primeiro e-book o ‘Básico do Vinho’.”
Depois da anchova, essa é mais uma sugestão de peixe para quem gosta e quer ampliar o repertório. A Manjubinha é da família da anchova, tanto que seu nome científico é Anchoviella lepidentostole. Um peixinho de águas salgadas e quentes, pequeno que chega a no máximo 12 cm de comprimento. Por isso, se come inteiro, frito (sim, vai ter fritura, aceite), com cabeça e tudo. Ah, e é bem barato tanbém. Coisa de 10 dilmas o quilo.
Para a receita, a inspiração veio da gênesis. Eu costumo dizer que deus fez o peixe e na sequência o limão. Ou vice versa. Não importa. O que importa é que peixe combina com limão e ambos combinam com calor, verão e litros de cerveja. Por isso, vamos celebrar a primavera e o sol que “alumia” nosso país essa semana e botecar.
Seja em casa, na rua, na chuva ou na fazenda arme o boteco e seja feliz. Porque botequeiro que é botequeiro mesmo, leva o boteco o coração. E como no boteco não tem lesco lesco, a receita de hoje é coisa nossa. Até você que é perdido na cozinha a ponto de não achar o abridor de garrafa vai conseguir executar. Metade do trabalho Deus já fez criando a manjuba, um biscoitinho do mar, e o limão. Eu como sou mala e alma gorda, fiz um aioli só para judiar (a receita do ailoi você encontra aqui).
Vamos à manjuba:
Compre manjubas frescas, muito frescas. Lave e tempere com sal e pimenta preta moída. Deixe escorrer bem a água.
Passe as manjubinhas na farinha de trigo. Não, não precisa de ovo. Esse passo é só para intensificar a crocância do nosso biscoito. Um belo truque que aprendi com a minha sogra que é de Santos e manja TUDO dos paranauês do mar.
Frite os peixes em azeite quente (nada de azeite extra virgem para fritar, ok?) até que fiquem bem dourados.
Escorra bem e sirva com limão e o molho.
Ah, vê se não esquece de chamar os amigue e mandar trazer cerveja gelada! Minha dica é a Eggenberg Hopfenkönig, uma Bohemian Pilsner refrescante e dourada!!!
Música Latina e Barraca de Rua no Guanahaní Na próxima sexta-feira, 25/09, o restaurante colombiano Guanahaní inaugura uma sequência de três eventos com música latina ao vivo no restaurante. O trio de música latina, com sax, violão e percussão começa às 20h30. Já no sábado, das 12h às 17h, a casa terá em sua calçada uma barraca, com venda de comidinhas típicas latinas: arepas recheadas (calabresa, carne, cogumelos ou frango) – unidade por R$ 10 ( a de camarão R$ 12); Empanadas (cogumelos, carne ou frango) – por R$ 5, patacones -por R$ 5 e Mojito Guanahaní (rum Añejo, espumante, suco de limão siciliano e hortelã) – R$ 10.
Guanahaní R. Joaquim Antunes, 391 – Pinheiros, São Paulo – SP
Tel.:(11) 3060-9169
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Empanadas a R$5 em festival de São Paulo Para celebrar o petisco portenho, o Grupo Bárbaro, dos Restaurante Bárbaro (na Vila Olímpia) e Che Bárbaro (na Vila Madalena), faz seu primeiro Festival da Empanada. Até 02/10, ambas as casas oferecem 10 sabores pelo valor de R$ 5 cada. Cinco deles, clássicos do cardápio, como carne com passas e queijo com cebola, além de cinco sabores especialmente desenvolvidos para o período. Entre eles, o morcilla (linguiça de sangue com especiarias). Há ainda versões vegetarianas, como palmito e ricota com espinafre (esta pode vir em massa integral) e até uma de doce de leite.
Bárbaro
Rua Doutor Sodré, 241, Vila Olímpia, tel. (11) 3845-7743
Che Bárbaro Rua Harmonia, 277, Vila Madalena, tel. 2691-7628
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Festival do Espumante 2015 A Sbav/SP realiza mais uma edição do Festival do Espumante, no próximo dia 25/09, em São Paulo. Ente os expositores confirmados estão: Adolfo Lona, Cave Geisse, Chandon, Decanter, Miolo, Salton, Pizzato e Vinícola Aurora, além dos Produtores da Campanha Gaúcha, que trazem em seu portfólio cinco marcas regionais. Além de produtos nacionais, também serão expostos espumantes de outros países. O evento acontece no Hotel Pestana das 16h às 21h. Recomenda-se a compra antecipada do ingresso pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3814-7905. Os valores são R$ 30 (para associado SBAV/SP) e R$ 50,00 (para não-associados).
Hotel Pestana (Salão Bellatrix) Rua Tutóia, 77, Jardim Paulista – esquina com a Av. Brigadeiro Luís Antônio
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Beer Weekend na BrewDog Bar Neste finde tem mais um Beer Weekend na calaçada do BrewDog Bar. Nos dias 26 e 27/09, a partir do meio-dia a casa oferece além dos chopes artesanais vendidos a preços promocionais, a novidade o Hopinator, infusor inglês que permite a imersão de frutas, ervas e/ou lúpulos em uma cerveja da carta. Para o evento de rua, uma receita inédita com a cerveja HardCore (R$ 28), que será infusionada com melão, abacaxi, goiaba e maracujá. Para forrar o Venga Bar de Tapas, Carburadores e Clarisse Reischtul servem comidinhas na varanda do bar ao som de música ao vivo. O menu inclui Sanduíche de cupim (R$20), com a carne defumada feita na cerveja, acompanhada de salsa de repolho roxo servido no pão carioquinha; Varenikes (R$ 15), massa judaica recheada com batata e cebola e, somente no sábado, a espanhola da Paella Marinera (R$ 25), com arroz bomba, frutos do mar, páprica e açafrão.
BrewDog Bar e Bottle Sho Rua dos Coropés, 41, Pinheiros Tel.: 11 3032-4007
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Festival Sabor de São Paulo chefa a Guarulhos A cidade de Guarulhos receberá, no dia 24/09, a 14º etapa do Festival Gastronômico Sabor de São Paulo, evento da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo e realizado pela revista Prazeres da Mesa, com o apoio educacional do Senac São Paulo. O público poderá degustar os 10 pratos selecionados e votar em favor de seu preferido na UNG – Universidade de Guarulhos, das 17h às 20h. A degustação custará R$ 10. Os dez pratos conhecidos em cada etapa eliminatória serão submetidos à avaliação popular e de um júri especializado. Este júri selecionará quatro vencedores, que participarão da grande festa popular realizada em novembro no Parque Vila Lobos em São Paulo. O encontro também terá a presença da chef e apresentadora Bel Coelho que além de avaliar o pratos, ministrará uma aula de cozinha gratuita, no mesmo dia, às 15 horas, como tema ‘Meu Cuscuz Paulista’. Os interessados podem se inscrever por meio do e-mail: [email protected] ou pelo telefone 2475-7949. As vagas são limitadas.
Festival Gastronômico Sabor de São Paulo – 14ª etapa | Guarulhos
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Nova carta de drinques Torero Valese O Torero Valese, bar espanhol do Itaim, apresenta uma nova carta de drinques do barman Ale Beck. Todas as quartas, a happy hour é comandada por Beck que executa suas criações diretamente do balcão. São oito criações que remetem aos clássicos da Espanha, todas por R$25. O conceito é o mesmo do país: ao pedir o drinque, a primeira tapa é por conta da casa. Toda semana Juliano vai trazer uma receita diferente, para acompanhar as pedidas: podem ser tapas, bocadillos ou mesmo pintxos. Entre as sugestões, estão o Naranja Tônica (dry gin com sementes de zimbro e laranja desidratada), Herbas Tônica (dry gin, mix de ervas, azeitona e limao siciliano), Cavas Sangre (campari, vermuth, rojo cava, Freixenet e fatia de laranja) e Tio Pepe Redujito (Tio Pepe, soda, alecrim e fatias de limão e pepino).
Torero Valese Rua Horácio Lafer, 638 – Cep: 04538-083 – São Paulo – SP Tel.:(11) 3168-7917 www.torerovalese.com.br
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HOT D.O.C inaugura na rua dos Pinheiros O HOT D.O.C, marca especializada em hot dogs a venda por foodtruck, abre sua primeira casa em Pinheiros. Além das receitas que já serviam como o Seattle Style com cream cheese e cebola roxa finamente picada, o cardápio da casa conta opções de sanduíches montados, combos e pratos exclusivos na hora do almoço, inspirados nos hot dogs e preparados com diversos tipos de salsicha, como o famoso Macarrão com salsicha, massa com salsicha frankfurter molho de tomate rústico e creme de queijos, e a Salsicha de frango, com creme de milho arroz branco e couve crocante. Para acompanhar, Corn Dog (R$9), Batatas Rústicas, Batatas Chips e Onion Rings (R$15) Para beber, refrigerantes nacionais e importados, como o Dr. Pepper (R$7) e Cidra Magners de maçã e berrys (R$18). Das cervejas, vale provar a Super Bock (R$7), um rótulo português. Para finalizar, milk-shakes de Chocolate, Oreo e Caramelo com flor de sal (R$15).
HOT D.O.C. Rua dos Pinheiros, 248B – Pinheiros
Tel.: 3571 6491
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Trio, a cerveja das Sommelières
A TRIO não por acaso é nova cerveja colaborativa feita em parceria por três sommelières Amanda Reitenbach, Bia Amorim e Carolina Oda e em três lotes com a mesma receita base, mesmo estilo, mas com lúpulagens diferentes no dry-hopping(adição de lúpulo no final do processo, com a cerveja já pronta, conferindo mais intensidade aromática). O estilo da TRIO é o Session IPA, também conhecido como India Session Ale que promete ser fácil de beber, porém, sem perder o sabor e as características esperadas do estilo base – neste caso, o India Pale Ale – IPA, com presença marcante do lúpulo no aroma, sabor e amargor. A primeira versão da cerveja TRIO já está sendo comercializada com exclusividade no ICI Brasserie da Bela Cintra. A partir do dia 28/09 será lançada no EAP – Empório Alto dos Pinheiros e do dia 01/10 em Ribeirão Preto no Biergarten. A cerveja será distribuída e comercializada pela loja Crazy4Beer, em São Paulo (Rua Antônio de Macedo Soares, 1704 – Campo Belo. Tel.: (11) 3796-2012).
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Jiló à vinagrete e pimenta goiana no Pirajá
O bar Pirajá lança molho exclusivo produzido com malaguetas pela pequena Mendez, de Goiás. As pimentas são curtidas e armazenadas por seis meses e só depois são usadas, garantindo assim suas características de aroma e sabor picantes. Outra novidade da casa é o Jiló à vinagrete: fatias fina do vegetal em conserva da casa, que retira o amargor e o mantém crocante. Por enquanto o Molho de pimenta (R$ 15) e o Jiló à vinagrete (R$ 12) podem ser degustados no próprio Pirajá. Disponível também em versões pra levar pra casa em um“kit sobrevivência” que inclui o molho de pimenta, o vinagrete e a cachaça Pirajá Velha Guarda.
Bar Pirajá
Av. Brigadeiro Faria Lima, 64 – Pinheiros
Tel.: (11) 3815-6881
www.piraja.com.br
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Paladar Cozinha do Brasil na Anhembi- Morumbi Acontece nos dias 26/09 e 27/09, o Paladar Cozinha do Brasil. O evento apresentará 58 atividades, entre oficinas práticas, aulas, debates e degustações, comandadas por cerca de 70 chefs, sommeliers, produtores e especialistas. Nomes como Mara Sales, Rodrigo Oliveira, Janaína e Jefferson Rueda, Manoel Beato, Edinho Engel, Neide Rigo, Paola Carosella, Carla Pernambuco, Salvatore Loi, comandarão aulas, palestras e debates. Haverá ainda espaços de acesso gratuito com barracas de comida e expositores. A programação completa pode ser conferida no site do evento www.paladarcozinhadobrasil.com.br. Os ingressos estão a vendo no foodpass.com.br
Paladar Cozinha do Brasil Universidade Anhembi Morumbi (Rua Casa do Ator, 275 – Vila Olímpia)
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Jantar harmonizado no 011 Gastronomia
O chef Gustavo Goussain, do restaurante 011 Gastronomia e a Zahil realizam no próximo dia 30/09, um jantar especial de quatro tempos, harmonizado com rótulos de vinhos da importadora. O jantar terá o valor de R$ 160 por pessoa (inclui vinhos, água e café). Recomenda-se reservar. No menu: crocante de Tapioca com cupim, queijo coalho e compota de pimenta ao molho de tomate (Callia Espumante Brut), Bruschetta queijo de queijo cabra chèvre, figo, hortelã, mel, rodelinha de pimenta (Planalto Reserva), Nhoque de tangerina com ragu de costela (Sangervasio Rosso IGT) e Creme brulée de capim santo (Ventus Moscato di Sicilia IGT).
011 Gastronomia
Rua Artur de Azevedo, 613, – Pinheiros
Reservas: (11) 3549-4282 ou (11) 3459-5238
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Pizzada beneficente na Pizzaria da Mooca A A Pizza da Mooca (uma das melhores da cidade no momento) do chef Fellipe Zanuto, realiza mensalmente a “Pizzada”. Para a próxima edição, que acontece no dia 30/09, a casa recebe como chef convidada, que criará um sabor de pizza exclusivo com ingredientes que remetam à sua identidade , chef Tássia Magalhães do restaurante Pomodori. Ela vai apresentar a Pizza alla Campidanese, com ragu de linguiça artesanal, funcho de erva doce e grana padano. O preço da pizza de 25 cm é R$ 30. Na ação 20% da venda da pizza é revertida para a Gastromotiva, organização que promove a inclusão social por meio da gastronomia. A massa da pizza é a mesma usada na casa preparada a base de farinha, água, sal e fermento e posta a pernoitar abaixo de 10°C.
A Pizza da Mooca
Rua Guaimbé, 439 – Mooca
Tel.: (11) 2601-4653
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Wines of Argentina em São Paulo No dia 30/09 a Wines of Argentina realiza o Argentina Tasting Experience na cidade de São Paulo no Hotel 115. O evento contará com uma Mega Degustação às cegas, degustações sensoriais sobre diferentes temas e um espaço central com um bar que terá os vinhos premiados com medalhas de Ouro e Prata no último Argentina Wine Awards. Haverá ainda palestras com enólogos como Alejandro Vigil (Catena Zapata), Sebastián Zuccardi (Familia Zuccardi), Bernardo Bossi (Casarena), Hervé Birnie Scott (Diretor da Chandon) e Manoel Beato (Sommelier-Chefe do Grupo Fasano). Cerca de 150 pessoas terão a oportunidade de provar às cegas os 18 vinhos premiados com troféu e com medalha de ouro na última edição dos Argentina Wine Awards. Outra atividade durante o dia incluirão o “BAR AWA” com 22 vencedores de medalhas de ouro e prata na AWA 2015. O evento começa às 16h30 e vai até às 23h. As entradas para o evento serão vendidas através do site https://semhora.com.br/parceiro/evento/ate-argentina-tasting-experience
Finalmente esquentou. E agora acredito que o sol veio pra ficar. Pelo menos até março estamos garantidos. Logo mais tem até horário de verão. É muito amor.
Por isso, para homenagear esse cobertor natural que é o sol, minha sugestão de receita hoje é esse peixe lindo e saboroso que é a anchova.
Muita gente me pede sugestão de peixes para o dia a dia. E eu insisto sempre para que todos superemos essa mania de salmão e saint peter. Temos peixes mais baratos e mais saborosos que estes. E a anchova é um deles. Essa que usei custou 12 reais o quilo na feira do bairro.
E para mim, se tem uma coisa que combina com peixe é banana. E dessa combinação nasceu essa receita. Um cacho de banana ouro e uma anchova comprados no mesmo dia na feira. Se tiver com preguiça, pode só tostar a banana. Mas se animar, faz o nhoque. O preparo é ridículo de fácil e o sabor delicioso. O doce da banana cai super bem com o potência da anchova.
Aliás, não tema o peixe. A dica é pedir para o peixeiro limpar, fazer os filés e manter a pele. Isso é importante porque mesmo que você não curta comê-la, a pele protege a carne durante o preparo e garante que o peixe fique integro (não desfaça na frigideira) e muito mais suculento e saboroso.
Vamos começar pela parte mais longa da receita que é o nhoquinho de banana. Longa significa tipo, 15 minutos.
Peguem 12 bananas ouro bem maduras e leve para assar até que elas fiquem assim como na foto, isso leva uns 10 minutos em fogo alto.
Deixe amornar e com ajuda de um garfo descasque.
Amasse bem até virar uma pastinha. Nesse ponto, se você colocar um pouco de azeite e um pitada de sal já pode comer como um purê para acompanhar o peixe. Mas eu quero mais.
Acrescente uma colher de chá de amido de milho e misture ate ficar homogêneo. Unte a sua mão com um pouco de azeite e faça bolinhas de 2cm de diâmetro. Em uma frigideira toste as bolinhas no azeite para corar, só corar.
Tempere as anchovas com sal e pimenta preta e leve a uma frigideira pré-aquecida com azeite com pele virada para baixo. Se quiser que fique mais crocante, bata o peixe rapidamente na farinha de trigo ou de milho. Deixe tostar em fogo médio até que a carne do peixe começa a ficar branca. Ai vire e aumente o fogo só apara dourar a parte sem pele. E está pronto.
Para acompanhar eu ainda tostei quiabos em rodelinhas e cebola roxa fatiada em pétalas.
Se você ainda não ouviu falar sobre Brunello di Montacilno, prepare-se, esse é um daqueles vinhos ícones que é preciso degustar antes de bater as botas! Tradição, resiliência, trabalho e muita história estão por trás dessa bebida.
A trajetória de Montalcino começa com uma estrada. Essa cidade, localizada na região central da Toscana, era um ponto comercial de extrema importância no período da Idade Média, e fazia parte da rota que ligava a Itália à Inglaterra.
Além disso, muitas pessoas passavam por Montalcino com destino a Roma, para verem o Papa. Aliás, muitos Papas passaram por lá antes de serem coroados, assim como outras personalidades da época e diversos viajantes.
Por volta dos anos 1500, o vinho de Montalcino começava a ser reconhecido e o Brunello di Montalcino foi um de seus abre-alas. Mas depois da Segunda Guerra Mundial as coisas não ficaram muito boas para o povo daquela região. Um dos piores acontecimentos foi na verdade a abertura da estrada Del Sole, que ligava Roma a Milão, sem passar por Montalcino.
Essa estrada fez com que a cidade ficasse esquecida e deixada de lado até por seus próprios habitantes. Não havia viajantes e 70% da população acabou saindo de lá deixando o local legado à miséria. A produção de vinho sofreu bastante com a situação, pois também muitos produtores não tinham condições de continuar o seu negócio.
Mas, os poucos habitantes que optaram por ficar em Montalcino, não se entregaram e decidiram recomeçar do zero. Foi criado então o Consórcio de Brunello, onde pequenos produtores locais se reuniram para promover o próprio vinho. Uma revolução! Outros produtores de vinho, dessa vez de todos os lugares do mundo, começaram a olhar para Montalcino e alguns acabaram mudando-se pra lá.
Já em 1980, Brunello di Montalcino virou a primeira Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG), da Itália. Bom, daí em diante o sucesso tomou proporções ainda maiores.
Hoje o Brunello di Montalcino que conhecemos é produzido com 100% Sangiovese Grosso ou Brunello, um clone da já conhecida Sangiovese. Os vinhedos estão localizados entre 300 e 500 metros acima do nível do mar e o clima em Montalcino é um dos mais secos de toda a Toscana.
O Brunello é um vinho para se beber depois de alguns anos. Não tenha pressa, ou você pode perder o que de melhor esse vinho tem a oferecer. Muitos deles podem durar facilmente até 30 anos.
Eu estive há algumas semanas na degustação da vinícola Casanova di Neri, onde os convidados tiveram a oportunidade de ouvir do proprietário da casa, o Sr. Giacomo Neri, um pouco sobre alguns de seus premiados vinhos. Na ocasião tivemos a chance de degustar o Casanova di Neri Brunello di Montalcino DOCG Tenuta Nuova 2010, que levou 100 pontos do crítico Robert Parker.
Mas pessoalmente, o vinho que mais me agradou foi o Casanova di Neri Brunello di Montalcino DOCG – White Label 2009. Esse vinho tinha uma cor rubi vívida muito linda. No nariz possuía notas de cereja e alcaçuz e na boa era bastante elegante e com uma acidez marcante.
Ambos os vinhos são trazidos ao Brasil pela Expand. O White Label custa cerca de R$ 480,00 e para saber o preço do Tenuta Nuova é preciso entrar em contato com o fornecedor.
Uma vez na vida pode sim! Espero que tenha gostado! Tchau!
* Jéssica Marinzeck “Sommelière Certificada pela Court of Master Sommeliers, na Europa e nível 3 na WSET de Londres. Comecei minha experiência com vinhos na Europa e hoje sou Coordenadora de Compras do site Evino. Sou criadora do ‘O Canal do Vinho’ no YouTube e lanço esse ano meu primeiro e-book o ‘Básico do Vinho’.”