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E com muita alegria que estreamos mais uma coluna no Sem Medida. A partir desta quarta, no Café com a Comadre, meu amigo querido e especialista em café, *Ensei Neto, vai responder uma dúvida sobre café. Eu pergunto, ele responde.

E como não existe pergunta boba, a ideia é que neste bate papo a gente responda dúvidas das mais simples às mais complexas. Sem preconceito e com muito amor pelo pretinho básico de cada dia. Ah! Você também pode mandar a sua pergunta sobre café que o Ensei responderá!  

Para começar, a simples pergunta: O que significa café 100% arábica?

A bebida preferida dos brasileiros, o Cafezinho, é feita a partir da torra das sementes do cafeeiro. Assim como a banana, que pode ser nanica ou da terra e cada uma pode ser consumida de forma diferente (a da terra você tem de passar no fogo!), o café também tem suas variações. As  mais usadas são as sementes de arábica e de robusta. Taí, arábica é um tipo de semente de café. 

Cada uma tem sua personalidade e, por isso, dão bebidas diferentes. As variedades do arábica, como o Bourbon, o Mundo Novo e o Catuaí, pelo fato de serem de uma planta mais exigente, produzem bebidas de maior riqueza de sabores, enquanto que os do robusta, como o Conilon e o Robusta, de plantas mais rústicas, tem sabores mais, digamos, básicos. No entanto, o que vale é a qualidade dos grãos, que depende de como os frutos foram colhidos, secados e torrados.

Fruta boa é fruta madura e essa máxima vale para o café também. Se for colhida antes do tempo, dá o gosto de imaturo, semelhante ao do caqui verde ou da banana verde, adstringente (que dá a sensação de aspereza e secura na boca). É um sabor chatinho e desconfortável e para encobri-lo, alguns produtores torram os grãos mais intensamente. Mas como resultado acabam obtendo uma bebida  com sabor queimado e amargo. Veja só: é como sair da frigideira e cair no fogo… Consertar coisa ruim nem sempre dá coisa boa!

Fruta madura dá sementes boas, que se forem secadas direitinho e tiverem uma torra bem feita, garantem uma bebida sempre muito bacana! Simples! Sem exageros, basta ser tudo em seu tempo…

Vamos experimentar uma outra xícara, então?

ENSEI NETO é Músico, Engenheiro Químico com Especialização em Tecnologia de Alimentos e Marketing, consultor especialista em Gestão Sensorial e autor do blog The Coffee Traveler

 

 

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