506290_83934879Por Emerson Rezende

Já ouvi falar muito do tal medo da estreia. Parece lógico, né? Pois é, mas encarar este desafio pela primeira vez até que foi tranquilo pra mim. Devo confessar que me senti muito mais inseguro na hora de escrever minha segunda coluna Alimentopia. Bem mais difícil manter uma conversa do que iniciá-la.

Por isso, voltei às apresentações. Só que, agora, vou contar um pouco sobre como passei a me interessar sobre o assunto “nutrição”. Foi quando me dei conta de que é possível estar alimentado mas estar mal nutrido ao mesmo tempo.

E eu mesmo sou uma prova (ainda) vida disso. Houve uma fase da minha vida infantil em que me via feliz em só comer arroz, feijão, bife e batata frita. Noutra, minha felicidade morava na coxinha e na Fanta uva que comprava na cantina da escola. Todos os dias. Por pelo menos um ano.

Pois bem. Em certo momento, tive de ir ao médico (não lembro porque), o qual pediu meu primeiro hemograma completo. Com o resultado em mãos, veio a bomba: mesmo sendo um garoto fortinho (pra não dizer gordinho) e cheio de vitalidade, eu era anêmico. A partir desse momento, minha família começou a tomar (só um pouco mais de) cuidado com o que eu comia. Embora uma variedade maior de alimentos passou a ser oferecida pra mim, eu tinha total liberdade para comer o quanto quisesse.

Junte essa falta de educação alimentar – um dos mais graves problemas do Brasil e do mundo – com minha tendência ao sedentarismo e você terá uma ideia do quanto se tornou difícil pra eu manter minha silhueta dentro de patamares saudável e esteticamente aceitáveis.

Só que agora, mais de 30 anos depois desse episódio e com a bagagem de conhecimento que adquiri nos últimos meses, pensa que decifrei o segredo da esfinge alimentar?

Pelo contrário!

Depois de ler esta matéria da BBC Brasil, por exemplo, fiquei sabendo que o cafezinho pode ser mais benéfico para a saúde do que um copo de vitamina de fruta!

Vejam só vocês!

Ou seja: a impressão é que quanto mais informações absorvo, mais perdido fico. Ainda bem que isso acontece com qualquer coisa na vida. Tudo o que nos cerca, quando colocado sob um microscópio, vira um universo. E diante de uma determinada massa de dados, podemos ficar confusos mesmo. E você pode ter certeza de que há muita gente (leia-se empresas) por aí com todo o interesse do mundo que você se dê por satisfeito só com o que está escrito nas embalagens. Afinal, diriam elas, para que se dar ao trabalho? Nossos produtos são ótimos e feitos com amor e carinho para você e sua família…

Aliás, você já parou para ler o que está escrito no rótulo dos alimentos que você consome com frequência? Se já, percebeu a quantidade de “ingredientes” que são adicionados além da “coisa real” que você comprou?

Devo confessar que não sei tudo sobre esse assunto, mas asseguro que tenho muita vontade de saber.

Vamos descobrir juntos?

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