Você sabe o que é a doença celíaca e a hipolactasia? Esses são respectivamente os nomes científicos das mais famosas intolerâncias alimentares de que se tem notícia. A primeira delas relaciona-se ao B, proteína presente no trigo, aveia, cevada e centeio. Estes são os cerais mais consumidos pela humanidade, porém o glúten está presente em outros mais exóticos como amaranto e triticale. Já a hipolactasia se refere à intolerância à lactose, o açúcar natural do leite.
Se a sua reposta foi não, é bem provável que você seja capaz de comer um pedaço de bolo ou um pãozinho francês com queijo acompanhado de um copão de leite com achocolatado sem sentir desconforto algum. E isso inclui inchaço abdominal, dor, diarreia, excesso de gases e, em casos mais extremos, até náuseas e vômitos. Se este for o seu caso, não precisa se sentir só nessa condição, pois há estimativas de que 70% dos adultos brasileiros possuam alguma intolerância alimentar.
Mas há esperança. Hoje em dia, há diversas alternativas para quem não se sente nada bem quando come glúten. Quem está a fim de botar a mão na massa (porque quem quer mesmo fazer alguma coisa, sempre encontra algum tempinho, não é?) pode encontrar uma infinidade de dicas de substituição da farinha de trigo pela de tapioca, arroz, amido de milho, fécula de batata e até receitas que não utilizam farinha alguma, como este pão de leite Dukan ou o simpático e facílimo de fazer pão opsiee.
Já aquela turma que não tem mesmo vontade de encarar fôrmas e panelas, há o site da Marilis, uma mulher que viu na sua doença celíaca uma oportunidade de negócios. Além de vender diversos produtos como massas, biscoitos, bebidas e mistura para pães e bolos, por exemplo, também faz entregas de comida congelada na Grande São Paulo (por preços surpreendentemente camaradas). E se para você ter de abrir mão do leite e seus derivados é sinônimo de infelicidade sem fim, não precisa entrar em depressão.
O laboratório Apsen lançou duas soluções que prometem facilitar e muito a vida de quem possui intestinos sensíveis. Um deles é o Lactosil, voltado para quem sofre de hipolactasia. Trata-se de uma versão sintética da enzima lactase em pó que deve ser adicionada aos alimentos que contenham leite e derivados. Caso tenha dificuldade de digerir carboidratos complexos como os presentes no feijão, mandioca, batata doce e afins, pode contar ainda com o Digeliv, cuja utilização é semelhante à do Lactosil.
Embora esses produtos não sejam considerados medicamentos e sim enzimas sintéticas, é bom consultar um gastroenterologista antes de consumi-los, ok? Pois é, deu para perceber que quem não pode com o glúten ainda não tem alternativa a não ser cortar da dieta alimentos e bebidas que o contenham (o que infelizmente inclui cerveja, vodka e até whisky).
À luz da ciência, as causas desses males ainda são nebulosas. Mas uma certeza que se tem é de que causas genéticas são raras. Isso quer dizer que dificilmente as pessoas nascem com esse problema por conta de algum defeito do organismo, o que, de certa forma, é uma boa notícia. Para se informar melhor sobre a doença celíaca, consulte o bom site da Associação Celíaca Brasileira, a ACELBRA (páginas como esta também são fontes interessantes), enquanto que o do hospital Albert Einstein dá ótimas informações sobre a intolerância à lactose (a do BabyCenter e do programa Bem Estar também valem a visita).
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