Receita de Bolo de fubá

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Receita: Bolo de fubáreceita da vó do Chef à Porter

Ingredientes
2 xícarás de fubá
1 xícara de farinha de trigo
3 ovos
2 xícaras de açúcar
1 colher de chá de manteiga
1 colher de fermento
1 caixinha de creme de lete
1 caixinha de leite (mesma media do creme)
Erva doce a gosto

Preparo
Separe as claras das gemas. Bata as gemas com o açúcar e a manteiga por uns 15min. Depois acrescente o leite. Aos poucos vá colocando a farinha e o fubá. Coloque o creme de leite e bata por mais uns 15min. O segredo do bolo é bater bem. Coloque a erva doce. Bata as claras em neve e mistura delicadamente à mão. Por ultimo misture o fermento. Eu misturo ele com um pouquinho de leite morno antes em um recipiente a parte, antes de juntar à massa.  Com isso você consegue testar a validade do fermento – se crescer no leite está bom – e diluir um pouco para facilitar a incorporação à massa. Asse inicialmente em forno alto (200 graus) pré-aqueciso, depois reduz o fogo (menos de 180 graus) por uns 40 min. Antes de titar faça o teste do palito, se ele sai limpo, está no ponto.

Uma pitada de reportagem: Fubá, a farinha um alimento de toda América

 


Uma pitada de reportagem: Fubá de milho, um alimento de toda América

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Fubá é a farinha fina feita com milho, o grande alimento do povo americano, de norte a sul, ou seja, todos nós. O milho – também chamado de maiz – está para as Américas, como o trigo está para a civilização europeia. Sem ele os índios americanos não teriam existido e nós também não.

No Brasil, os indígenas davam menos atenção ao milho que à mandioca. Foram os portugueses que, a partir do século XVIII, com o chamado Ciclo do Ouro nas Minas Gerais, passaram a incluir o milho na alimentação diária da colônia. “Sob a forma de fubá, palavra que herdamos dos africanos para designar farinha, passa a alimentar viajantes e tropeiros substituindo muitas vezes a farinha de mandioca nos farnéis”, conta Caloca  Fernandes em Viagens Gastronômicas pelo Brasil (ed. Senac).

Segundo Câmara Cascudo, na História da Alimentação Brasileira, “a convergência e fusão das culinárias indígena, africana e portuguesa  levaram ao brasileiro o complexo do milho que a industrialização tornou permanente”. Esse “complexo” alcança em todo o Brasil o seu esplendor no mês de junho, quando coincidem a época da colheita do milho com o solstício de inverno – época tradicional de festas pagãs milenares de povos agricultores de um e de outro lado do Atlântico. Durante as festas juninas os forasteiros ofereciam alimentos derivados do milho: pipocas, pudins, pamonhas, broas, canjicas, curaus e, claro, bolos.

Hoje, a produção do milho no Brasil é predominantemente proveniente dos estados de Mato Grosso, Minas e Goiás daí a minha obsessão por esse cereal. Agora que você já sabe um pouco sobre a origem do fubá de milho e da festa junina, vamos ao que interessa:

O bolo de fubá. Um bolo honesto, simplão. O rei da festa junina, do “cafézin” da tarde, do coração de vó. Aquele sem coberturas sofisticadas, que racha de tão fofo.  Ideal pra pincelar manteiga, requeijão ou doce de goiaba. Vale xuxar no café  ou mandar pra dentro puro e quentinho. No melhor estilo “vai te dar dor de barriga”. Um golpe clássico da minha e de todas as mãe pra que não atacássemos o bolo recém-saído do forno antes do Danny Glover meu pai chegar do trabalho.

Como minha mãe mora longe, eu me virei na minha última gripe de cair na cama me auto presenteando com um bolo de fubá. Claro que não ficou como o dela, mas deu por gasto. No link abaixo, a receita que usei.

Faça em casa o bolo de fubá para o café