Camarão é meu clichê. Eu amo, não nego, nunca. Sempre tenho espaço pra esse crustáceo na minha vida. Acho que fica bom de quase todos os jeitos. Cozido, ensopado, assado na grelha, no risoto, na torna, na empada, na massa, cru ou empanado e frito. Pra mim esse último os politicamente corretos que não me ouçam, o melhor. O nível de crocância é imbatível, sem contar a textura macia e o sabor acentuado do camarão. Tudo fica evidente nesse preparo. Com a farinha panko, fica ainda melhor.
Recentemente comprei um peixe incrível na feira. Um congrio enorme, lindo, e fresco. O Chef à Porter, claro, foi o responsável por limpar e filetar a criatura. Comemos com aspargos crocantes e uma sopa fria de tomate, voilá. Tava incrível e um dia ele deve postar essa receita.
Contei isso só pra contextualizar como nasceu a bolinha de peixe cremosa. Do peixe sobrou a carcaça com cabeça, espinha e rabo. Partes que apesar de não muito carnudas são as mais saborosas. Decidi aproveitar. Mas não queria fazer algo magro. Tava afim de armar o boteco em casa.
Lembrei do método básico de ser fazer coxinha. Aquele em que se usa o caldo de galinha como base para cozinhar a farinha de trigo e chegar a uma massa leve, cremosa e saborosa. É isso! Não chamei de coxinha de peixe, porque peixe não tem coxa.