Há uns anos eu participei da produção do livro As Chefs fazendo entrevistas com algumas das melhores chefs brasileiras. Tive a sorte de ouvir belas histórias de e conhecer um pouco o lado humano destas grandes profissionais. Uma delíca. A chef Ana Soares é uma delas. Gostei tanto que até fiz uma noa entrevista com ela aqui no Sem Medida quando ela lançou uma linha de massas com sabores super brasileiros (pequei, cacau, pimenta etc). Demais.
Ate que no fim do ano, a querida e colega Patty Moll e seu lindo lindo sócio Lucas Terribili, da Coentro Comunica, mandaram um mimo de fim de ano que eu morri de vez de amor. Eles juntaram literalmente a fome com a vontade de comer e criaram com a chef Ana uma massa de coentro. Ponto.
E assim eu cheguei nessa receita, o Tagliolini de Coentro com Molho de Siri, que talvez você nunca encontre pra comprar (mas pode arriscar fazer a massa em casa, juro que tento pegar a receita). Por hora, tente bricanr com a ideia fazendo a mesma combinação de ingredientes com uma massa normal. Ficou leve, saboroso e de morrer de comer. Olha aí!
Comece dourando 1 cebola em cubinhos no azeite. Quando a cebola murchar coloque dois dentes de alho picadinhos.
Junte uns 300g de siri catado e refogue mais 10 min.
Acrescente 3 tomates frescos picados com semente e tudo.
Refogue bem até todo mundo ficar juntinho. Uns 10 minutos em fogo alto. Se quiser um molho pedaçudo esse é o ponto.
Junte 1/2 vidro pequeno de leite de coco.
Deixe reduzir e reserve.
Cozinhe a massa conforme instruções do fabricante e junte ao molho.
Sirva imediatamente e se quiser, finalize com brotos de coentro.
Hoje é comemorado o dia do macarrão e por isso, eu que amo massa, decidi falar disso a semana inteira. Entre os posts que farei em torno do tema o primeiro é este da Fregola Sarda. Uma massa que conheci há alguns anos e me apaixonei, mas nunca tinha falado a respeito aqui. Até que recentemente a minha amiga Letícia Massula fez um post lindo com as amadas bolinhas lincando a Maria Capai com sua receita mágica também e me intimaram a postar também.
Eu poderia chamar de thai, mas acho que hoje tudo que tem coco e camarão vira thai. Logo, chamei de arroz de coco com camarão mesmo. Isso porque eu tinha esses camarões congelados.
Receita: Camarões Branqueados para um Clássico Coquetel
Depois de preparar tantos molhos nada mais justo do que providenciar o item para xuxar neles. Como saímos do defeso e vamos aproveitar abundância da temporada de camarões.
Ingredientes
Quantos camarões 13 para 1 (isso significa camarões tão grandes que apenas 13 unidades rendem 1 quilo) você conseguir. Sem casa e sem cabeça, apenas com o rabinho
Água gelada com gelo
Água fervente com sal
palitos de madeira
Preparo
Espete cada camarão com um palito na direção do comprimento. Coloque os camarões na água fervente, conte no máximo 3 minutos, retire e imediatamente coloque-os na água gelada para interromper o cozimento.
Sirva os camarões com os molhos à base de maionese no melhor estilo anos 80 e seja feliz.
Eu amo moqueca. Todas elas. A goiana, a baiana, a paraense, a capixaba, a vegetariana…Pois é. Se você nem sabia que existiam tantas, vai se surpreender com a receita de hoje. A Moqueca Sertaneja me foi apresentada pela amiga, vizinha e cozinheira de mão cheia Margot. Uma baiana das boas, que trabalha no Goshala (restaurante que faz a melhor moqueca vegetariana que já comi). Além disso, ela vende congelados saudáveis e deliciosos no seu Culinária da Margot.
Na receita dela a moqueca se apresenta no melhor estilo Surf and Turf (mar e montanha), combinando frutos do mar com carne de porco. Foi com essa receita que provei pela primeira vez a fruta pão. Fruto nutritivo originário da Indomalásia que serve de base na alimentação dos povos da Polinésia, no Oceano Pacífico e pelo visto, da Bahia. Tem sabor delicado, levemente adocicado, textura macia, depois de cozida. Algo entre a batata e o nhame, mas mais aveludada. Procure e se encontrar, prove.
As fotos abaixo são do dia que abri minha cozinha para a Margot. Não estão lá essas coca-colas, nem fazem jus ao sabor do prato, mas eu achei que seria um erro guardar esta receita comigo. Lá em baixo, um pouco da história da moqueca, um dos pratos mais originais da nossa cozinha. A próxima será uma versão sem carne.
Receita: Moqueca Sertaneja da Margot
Ingredientes (para 6 pessoas)
200g charque cortado e desalgado
250 calabresa em cubos
200 g lombo de porco defumado
100 g de bacon 1 quilo de frutos do mar (lulas, maricos, vieiras, camarões, o que você puder e o dinheiro der)
100 g de camarão seco dessalgado 100 ml de molho de tomate 1 vidro de leite de coco (200 ml)
1 cebola em rodelas ou picada ( 100g ) 3 tomates em rodelas ou cubos 3 dentes de alho amassados 250 de mandioca em cubos al dente (ou fruta pão) difícil de achar em alguns lugares Pimenta a gosto Azeite de dendê
Cheiro verde a gosto (salsa, cebolinha e coentro)
Preparo
Comece fritando as carnes separadamente: o lombo defumado, o charque, a calabresa e o bacon. vale colocar um pouco de cebola ou alho poró nessa fase. Retire o excesso de óleo e descarte e reserve as carnes. Salteie os frutos do mar frescos. Nós usamos lulas, vieiras, camarões e mariscos. Reserve também.
Refogue o restante da cebola com o tomate e o alho. Junte os camarões secos. Acrescente as carnes defumadas e os frutos dos mar. Despeje o leite de coco, o molho de tomate, o cheiro verde, a pimenta inteira (usamos de bode) a castanha de caju e deixe no fogo para pegar gosto por uns 5 minutos. Finalize com o azeite de dendê. Acerte o sal.
Inspirada na musica da banda Nenhum de Nós. Cerveja do estilo Bohemia Pilsener, produzida em Votorantim (SP) pela Bamberg. Boa presença de amargor. É considerada uma releitura da Tcheca, feita há tempos pela mesmas cervejaria. Lúpulo presente e notas de malte e cereal. Um cerveja fácil de beber por um longo tempo. Preço médio: R$ 15,50 (600 ml)