Essa não é uma coluna democrática. Não estamos abertos a opinião, nem réplica. Comentários serão devidamente ignorados e sumariamente deletados. Por que? Porque é um espaço para ostentação do achismo. Aqui, sem o menor fundamento científico, eu vou listar 5 itens que eu acho dignos de nota no mundo da comida.
Sim, eu vou fazer um top five. Eu sempre faço isso mentalmente. Agora vou compartilhar. Da lasanha da tia da minha amiga à chuleta do rubão, qualquer coisa pode aparecer aqui.
Para começar, quero listar as 5 hamburguerias mais legais da cidade na época em que um hambúrguer era só um sanduíche gordo que você caçava pela madrugada pós-balada. Na esperança de aplacar a ressaca do dia seguinte a golpes de gordura, proteína e carbs. Tudo isso, soterrado por uma coca bem gelada (beeejo 20 anos). <3
Não tinha essa de blend secreto de carne, cheddar inglês, pão artesanal, muito menos dry aged. O hype era o hambúrguer de picanha, quando muito o de calabresa e a sagrada green maionese.
Inclusive, nesses lugares não há chef ou mestre hamburgueiro. Quem comanda a parada é o chapeiro. Aquele cara legal que entende o real significado das palavras QUEIJO EXTRA. Segue a lista, lembrando que todas as casas continuam lindas lindas sobrevivendo bravamente a gourmetização do hambúrguer.
Mr.Mills
Teve uma época que eu ia umas 4 vezes por semana no Mr. Mills e nos outros dias eu pedia por delivery. Tanto que o garçom e a moça do caixa me chamam pelo nome. Recentemente voltei lá e continua a mesma coisa. Eles lembram de mim e do meu lanche favorito: pão, carne, queijo, picles, cebola caramelizada e cogumelo. Tem o molho da vovó, que o que tem de gostoso, tem de indigesto. Fica com você até o dia seguinte. Mas eu gosto. Lá você também pode montar o seu sanduíche personalizado.
Mr.Mills
R. Abílio Soares, 165 – Paraíso, São Paulo – SP, 04005-000
Telefone: (11) 3052-1333
Burdog
No melhor estilo monte você mesmo, a casa permite que você escolha tudo que quer no seu lanche. Não tem essa de ponto da casa muito menos blend secreto de carne. Aliás, o chapeiro nem deve saber o vem a ser blend. Sem contar que eles fazem a melhor maionese da cidade. Que eu chamo carinhosamente de maionese de nuvem. Maravilhosa. Entregam em vários cantos da cidade e fica aberto até pelo menos 2h. Tem gente que vai dizer que o Toninho Freitas do lado é melhor. Mas né? Como eu disse, não estou aberta a réplicas.
Burdog
Endereço: Avenida Doutor Arnaldo, 250 – Pacaembu, São Paulo – SP, 01246-000
Telefone:(11) 3256-2996
The Fifties
Versão mais chic das hamburguerias. O decor era bem massa, fazendo referência ao nome. Aqui você também pode montar o sanduba. E foi um dos primeiros as oferecer a tem opção de hambúrguer de calabresa. Além de diferentes opções de queijos, saladas e tamanhos de disco de carne. A maionese também é bem boa.Hoje tem mais de 15 unidades em SP, além de Campinas, Jundiaí, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Recife e Salvador.
Cheese salada bacon com molho de tomate (Foto: Mario Rodrigues)
Seu Oswaldo
Se você ama hambúrguer certamente já ouviu falar do Seu Oswaldo. De tão tradicional virou hipster e arrematou muitos prêmios. Mas não espere frescura. O que você vai encontrar é um delicioso x-salada simplão que leva um disco fininho de carne magra e fresca, temperado e bem passado. Arrematado com queijo de boa derretência, molhinho de tomate da casa e alface. Beleza pura.
Seu Oswaldo Endereço: Rua Bom Pastor, 1659 – Ipiranga – São Paulo – SP
Milk Mellow
A casa existe há cerca de 3 décadas e foi a primeira lanchonete que conheci em SP. Achei demais. O meu favorito é o básico x-salada: carne, muçarela, alface, tomate e maionese (R$ 21).
Milk Mellow Endereço: Avenida Cidade Jardim, 1085 – Itaim Bibi – São Paulo – SP
Telefone: (11) 3168 4516
Em mês de hambúrguer tem que ser assim: uma avalanche de receitas.Depois do Burguer de Steak tartare, quis refazer um clássico da minha adolescência, quando o Cheddar McMelt abrilhantava meus almoços pós-aula no famigerado restô fast food. Numa época boa de se viver, em que ninguém se quer considerava uma vida low carb, free glúten, on grains, ou qualquer coisa do gênero.
Aqui eu proponho uma versão valendo daquele que já foi meu sanduíche favorito. Achei cheddar inglês no Santa Luzia depois de uma longa estiagem desse queijo por aqui.Esse é bem mais próximo do queijo original da vila de Cheddar, em Somerset , a sudoeste da Inglaterra.
Não lembra em quase nada os processados de origem norte-americana que conhecemos. É firme (queijo o tipo duro) e nem sempre tem aquele tom amarelo vivo (depende da alimentação da vaca em certas épocas do ano). Na maioria das vezes é levemente amarelado, quase cor de creme. É amanteigado, untuoso, amendoado e derrete na boca. Por isso, empreenda já a sua busca, vale a pena.
Em outro post prometo entrar nos detalhes do queijo. Mas aqui o objetivo é dar a letra do melhor hambúrguer que você fará na sua casa. O segredo mora na carne. Vá até o seu açougue de confiança (o meu é o Feed, tanto que virou parceiro) e peça ao mestre açougueiro que moa (duas vezes) os seguintes cortes na exata proporção:
– 2 partes de miolo de acém limpo – 2 partes de peito bovino limpo – 1 parte de gordura do peito
Essa mistura tem 75% de carne e 25% de gordura. É essa proporção que garantirá a mágica. A beleza do hambúrguer mora na gordura.
Faça o discos com pelo menos 150g de carne, SEM SAL (o sal antecipado desidrata a carne). Esse meu tá lindo porque uso aro. Mas vale na mão. Fatie a cebola em rodelas grossas de pelo menos 0,5 cm.
Aqueça beeem a frigideira antiaderente. Com um fio de azeite para as cebolas. Coloque todo mundo lá. Conte 1,5 minuto para virar a cebola e acrescente o molho inglês.
A carne você vira depois de 3min para um búrguer rosado, 2 para mal passado e 5 para bem passado.
Cubra com o queijo e abafe esse caso por mais 3 minutos para rosado, 2 para mal passado e 5 para bem passado.
Agora entra o sal (a gosto) e depois o queijo. Abafe um pouco a panela. Antes disso, tire as cebolas e reserve.
Retire o búrguer do fogo e deixe descansar por 3 minutos para rosado, 2 minutos para mal passado e 5 minutos para bem passado. Esse descanso é essencial para que os sucos da carne, atualmente assustados pelo calor, se acomodem entre as fibras e não queimem sua boca.
Monte essa belezura sobre um duas faces de um pão australiano empilhando as fatias de cebola e seja muito feliz.
Se você está entre as pessoas que ficaram só na vontade de provar o Hambúrguer do Goiás na nossa primeira participação na Feirinha Gastronômica espacial SP Burguer Fest, seus problemas acabaram. Nós fomos convidados para participar da edição de encerramento!
Tenho uns 200 amigos seguindo a dieta Dukan. Aquela que manda banir os carboidratos. Daí que a time line fica repleta de gente numa vibe low carbs. Eu não consigo lidar muito bem com dietas restritivas. Tem dias que acordo vegetariana, tem dias que acordo carboidratoriana e tem dias que sou capaz de matar um porco inteiro. Por isso, não vivo bem sem a opção de decidir o que comer. Sou onívora e levo muito a serio esse direito adquirido. E claro, tem dias que acordo “proteica”.
Toda essa balela só para apresentar a minha mais recente criação. Uma receita que consegue ter cara de comida gorda, mas na verdade não tem carbs e seria aprovada nas mesas dukanescas. Eu amo hambúrgueres, já fiz de porco, de siri, de carne, de cordeiro, mas jamais tinha feito sem pão. Nessa receita, usei cogumelos do tipo Portobello para substituir o bendito. Ficou maravilhoso. Segue a receita.
Receita Low Carb: Hambúrguer Bovino com Pão falso de Cogumelo com Croutons de Abóbora
Ingredientes (para duas pessoas)
300g de carne moída (usei fraldinha porque tem um bom equilíbrio de gordura)
Sal e pimenta preta a gosto
4 cogumelos Portobello grandes (de preferencia do mesmo tamanho)
200 gramas de abóbora japonesa picada em cubinhos
1 cebola roxa pequena em rodelas de 0,5cm
2 fatias de queijo minas meia cura (se não tiver, use mussarela)
Preparo
Forre uma assadeira com papel manteiga e coloque os cubos de abóbora e tempere com sal, pimenta e azeite. Leve ao forno e deixe assar até dourar. Enquanto isso, retire os talos e limpe os cogumelos com papel toalha e reserve. Vá para a carne.
Faça discos com a carne moída e meça nos cogumelos para ver se caberá (ele será o pão do seu hambúrguer). Lembrando que a carne encolhe quando grelhada, por isso, o disco extravasar um pouco as bordas dos cogumelos. Ligue o forno médio/alto (180 graus) e coloque os cogumelos para assar.
Aqueça a frigideira em fogo alto. Coloque um fio de azeite e os hambúrgueres. Tempere os discos com sal e pimenta já na panela. Coloque os discos de cebola e deixe grelhar também. Leve os cogumelos ao forno e deixe até que fiquem macios (deve levar uns 10 minutos no máximo).
Quando a carne estiver dourada de um lado, vire e coloque a fatia de queijo. Deixe derreter enquanto o outro lado grelha também. Se quiser ajudar, use uma tampa para abafar. Mas tem de ser por pouco tempo para não cozinhar o hambúrguer. A ideia é grelhar.
Monte o sanduíche com o cogumelo, a carne com queijo e a cebola roxa. Sirva com os croutons de abóbora e seja muito feliz com seu hambúrguer low carb.
Cerveja sugerida: Lagunitas IPA
Tomei as Lagunitas cerveja pela primeira vez no Empório Sagarana por sugestão do Paulo (o dono de lá). Comecei pala Pale Ale e depois fui pra IPA. A experiência foi tão boa que levei pra casa já pensando no hamburgão que ela iria acompanhar.
Aqui o terroso e carnudo cogumelo ajudou ainda mais a sustentar o poder dessa “margoza”. Apensar do lúpulo marcante típico do estilo, é bem equilibrada com notas cítricas e herbais que se estendem ao paladar. Cor é âmbar, bom corpo e creme levemente persistente.
Quem me conhece sabe que eu amo o Bob Esponja. Na verdade, me identifico e até o invejo em perspectiva. Ele é um adulto que mora sozinho, lúdico, ingênuo não entende ofensas, sem noção mesmo, tem fé na vida e nos seres “humanos” marinhos. Fica feliz com as coisas simples da vida como caçar águas vivas com seu melhor amigo Patrik, brincar com o Gary seu caracol de estimação e, acima de tudo, faz o que gosta como forma de ganhar a vida.
E, pra quem não sabe, ele ganha o pão do seu sustento como chef de cozinha do Siri Cascudo, restaurante do Sr. Siriqueijo um chefeexplorador e ganancioso, cujo cardápio se resume em hambúrguer de siri. Por sinal, o melhor da Fenda do Biquini.