O inverno está ai e não dá para negar, pelo menos em muitas regiões desse Brasil. Esteja você no Norte ou no Sul do país, uma coisa é unanimidade entre os brasileiros: o amor ao queijo e ao vinho, juntos!
O que acontece é que muita gente não sabe por onde começar na hora de combinar essa dupla. A melhor dica de todas é relaxar e se jogar nesse mundo que talvez seja desconhecido para você e descobrir, provando, o que combina com o quê.
Mas é claro, sempre existem aquelas dicas que irão facilitar as suas escolhas. É dito que a grande maioria dos queijos combinam melhor com os vinhos brancos, e isso é verdade, muito por conta da textura e semelhança de sabores que existem entre ambos.
Em um mundo ideal, cada queijo teria um vinho especial para servir de par perfeito. Mas nem sempre podemos nos dar esse luxo então hoje você vai ficar com uma listinha de combinações para te ajudar nessa árdua tarefa. Pessoalmente acho mais fácil iniciar pelo queijo e eu vou dividi-los basicamente em 4 tipos:
– Queijos frescos e queijos de pasta mole
Geralmente são servidos como aperitivos ou entradas, por isso pense em vinhos que também tenham essas características. Evite tintos pesados.
Agora é com você, junte quem você gosta, cada um leva um tipo de vinho e de queijo. Não esqueça de colocar os nomes nos queijos para que vocês se lembrem o que combinou melhor com o quê e boa festa!
Tchau!
* Jéssica Marinzeck “Sommelière Certificada pela Court of Master Sommeliers, na Europa e nível 3 na WSET de Londres. Comecei minha experiência com vinhos na Europa e hoje sou Coordenadora de Compras do site Evino. Sou criadora do ‘O Canal do Vinho’ no YouTube e lanço esse ano meu primeiro e-book o ‘Básico do Vinho’.”
Uma cerveja delicada que passa por envelhecimento em barricas de carvalho e o produto final é um blend entre as safras de 18 e 8 meses.
O rótulo é uma homenagem à Mary, a duquesa de Borgonha que nascer no século 15 nos arredores de Bruxelas.
Com 20 anos herdou o ducado e ficou conhecida por ser uma mulher com temperamento forte e decidido.
Faleceu com 25 anos em uma queda de cavalo perto da região de Bruges.
Ainda hoje é uma cerveja que remete à realeza.
De coloração marrom acobreado, possui no aroma notas frutadas, remetendo a frutas vermelhas e uma acidez com notas viníficas. No paladar, um equilíbrio entre dulçor e acidez e alta carbonatação.
O equilibrado dulçor da cerveja harmoniza perfeitamente com o camarão por contraste. O dulçor da cerveja quebra a leve picancia da Tatsoi e a alta carbonatação limpa o paladar para um próximo gole.
Duchesse de Bourgogne é considerada a cerveja que contem notas mais vinificas das cervejas o que tornará a harmonização ainda mais interessante.
* Fernando Bastos é Sommelier de Cervejas, Cervejeiro caseiro, pós-graduando em Tecnologia Cervejeira e Presidente da AcervA Goiana – Associação dos Cervejeiros Artesanais de Goiás 2010/2014.Instagram: falandosobrecerveja
A mais lupulada das Trapistas. Entre a primeira e a segunda fermentação, há um processo de dry-hopping, dando um aroma lupulado e um amargor presente.
Existe uma lenda sobre a fundação da abadia de Orval. Nesta lenda, a viúva Mathilda de Tuscany acidentalmente deixou sua aliança cair em uma fonte. Ela rezou e uma truta apareceu na superfície da fonte com sua aliança na boca. Mathilda exclamou que aquele era realmente um Val d’Or, vale de ouro em francês, daí o nome para a abadia. Em gratidão Mathilda ajudou com recursos na construção do mosteiro. A fonte existe até hoje e a truta com o anel na boca é o elemento principal do rótulo da cerveja.
De coloração amarela quase âmbar, possui espuma e creme generosos. O aroma é predominantemente doce com presença de lúpulos. Além de toques cítricos e de especiarias.
Possui um paladar complexo, com notas de toffe, condimento, acidez, com final amargo, mas com alto drinkability.
Sua média carbonatação, amargor e teor alcóolico, cortam a gordura da carne, suaviza a maionese de wasabi e limpa o paladar.
Suas notas adocicadas harmonizam com os cogumelos e e as cebolas caramelizadas.
Uma harmonização complexa mas definitivamente saborosa.
* Fernando Bastos é Sommelier de Cervejas, Cervejeiro caseiro, pós-graduando em Tecnologia Cervejeira e Presidente da AcervA Goiana – Associação dos Cervejeiros Artesanais de Goiás 2010/2014.Instagram: falandosobrecerveja
Emblemática cerveja elaborada pelo método “Champegnoise”, com adição de leveduras de champgne, maturada em barris de madeira e refermentada na própria garrafa.
O perfil aromático é muito frutado, remetendo ao vinho branco, damasco, abacaxi e limão siciliano.
O sabor fica entre o doce e a acido, com leve amargor final.
Tem alta carbonatação, o que potencializa sua refrescância e alto drinkability. Apesar de sua potencia alcoólica, o álcool é muito bem inserido, o que deixa este rótulo muito fácil de beber.
Harmonização
Prato: Panelinha de peixe e camarões confitados com mini legumes.
O prato escolhido harmoniza com este rótulo pois possui características refrescantes dos legumes e folhas, e possui acidez e sal do camarão e do peixe.
A acidez e o sal são suavizados pelo álcool e pela alta carbonatação da cerveja e também pelo seu adocicado.
Uma harmonização instigante e acolhedora.
Eu me vejo numa praia, por do sol, com pessoas queridas e ouvindo uma bela música.
* Fernando Bastos é Sommelier de Cervejas, Cervejeiro caseiro, pós-graduando em Tecnologia Cervejeira e Presidente da AcervA Goiana – Associação dos Cervejeiros Artesanais de Goiás 2010/2014.Instagram: falandosobrecerveja
Escolhi uma cerveja de trigo, muito fácil de beber para nossa primeira harmonização do ano. E para acompanhar um prato refrescante, mas muito saboroso.
Nossa harmonização não tem muito segredo, como disse um prato leve com uma cerveja também leve e bastante refrescante, harmonizando por semelhança.