Receita: panzanella (salada italiana com sobras de pão)

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“Vem chegando o verão, um calor no coração! Essa magya coloridaaaaa, são coisas da vidaaaaaaaa!!!”

Finalmente está calor nessa paulinóia delirante!!! E pra melhorar já estamos no horário de verão! É ou não é pra glorificar de pé???

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Essa época maneira do ano em que a gente (leia-se seres normais que curtem temperaturas tropicalientes) atinge picos máximos na produção de vitamina D e o ânimo e a disposição tomam conta do nosso ser.

Outra vantagem do verão é que torna-se automaticamente prazeroso comer saladas e comidas leves. Pratos frios tornam-se apetitosos e atraentes.

Para celebrar a melhor estação do ano nada mais digno que uma bela de uma salada!!!

Apresento-lhes a Panzanella!!!

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Como se já não bastasse ser deliciosa, essa receita de origem italiana é daquelas maravilhas do reaproveitamento culinário sustentável deboísta.

Sabe aquele pão de sexta que você fica olhando sem coragem de jogar fora? Então, ele será sua janta de hoje. Sim, você nunca imaginou que pães velhos poderiam ser tão incrivelmente gostosos.

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A panzanella ou panmolle vem lá da Toscana,  onde a galera manja pouco de comida boa.  Não por acaso é um prato de verão lá. Geralmente para aproveitar o pão Toscano, que é assado em forno a lenha. Aqui nós vamos com o pão que tivermos em casa.

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Eu tinha esse pão de azeite com linhaça feito pelo marido cozinheiro. Mais ou menos umas duas xícaras bem cheias. Comecei picando ele em cubos médios de pelo menos 1 cm.

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Toste os cubos no forno ate que fiquem durinhos e levemente dourados. Reserve.

Nessa receita a quantidade de legumes deve ser mais ou menos a mesma para a salada ficar equilibrada. Mas não suporto receita que manda usar 1/2 pimentão ou 1/2 cebola. A ideia aqui é aproveitar sobras e não gerar mais.

Então tente usar tudo, sem muita regra. A Panzanella aparece com infinitas versões. É possível encontrar receitas que levam até peixe e frutos do mar.

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Pegue uns 2 tomates italianos maduros e firmes e corte ao meio no sentido do comprimento e retire o miolo e as sementes e reserve a parte. Depois pique os tomates em cubos e deixa na geladeira.

Corte 1 cebola rocha em cubos proporcionais aos de tomate e coloque de molho na água bem gelada e reserve (isso vai deixar o sabor dela mais suave e a textura bem crocante).

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Corte também 1 xícara de pimentão amarelo em cubos (do mesmo tamanho dos outros vegetais), desprezando as sementes. Descasque 1 pepino (o japonês é melhor pois solta menos água, mas o outro também serve) e corte também em cubos proporcionais aos outros legumes. Reserve tudo gelado.

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Em um almofariz (ou no processador) coloque  1 colher de sopa de alcaparras, 1 dente de alho pequeno e 3 filés de anchova em conserva e amasse até virar uma pasta.

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Em uma tigela junte o pimentão, o tomate e a cebola escorrida e tempere com essa pasta.

 

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Lembra dos miolos do tomate? Então, passe no processador com umas duas colheres de água filtrada para formar um suco grosso de tomate. Se você for uma pessoa preciosista, coe esse suco para se livrar das sementes e junte à mistura de legumes. Se não, bota com semente e tudo que está valendo.

Acrescente 1/4 de xícara de azeite extra-virgem e 1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto e mexe bem. Prove e aceite o sal. Tempere com pimenta preta moída na hora e, se estiver animado, um pouco de  peperoncino.

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Misture os legumes temperados com o pão e garanta que todos os cubos fiquem bem molhadinhos com o caldo temperado.  Finalize com folhas frescas de manjericão. Vale ainda orégano, tomilho ou alecrim. O importante é que sejam ervas frescas para trazer toda essa vibe boa do verão toscano.

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Receita: bolinho de galinhada

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Você se animou no fim de semana e fez aquela galinhada maneira. Sim! Você, leitor do Sem Medida, é do tipo que faz galinhada. Mas ai sobrou. Porque esse é o tipo de comida que não dá pra fazer pouco por mais que se tente.   Mas aí o que você faz? Come até enjoar? Faz a loka da galinhada e distribui pelo bairro? Pode ser. Melhor que jogar fora.

Mas como o Brasil já foi mais rico, o melhor é resignificar e garantir  mais uma refeição. Por isso, lhes apresento: o bolinho de galinhada.

Nada demais.

Para fazer basta pescar as derradeiras carnes de frango que sobraram na galinhada e desfiar. Despreze os ossos. Depois junte a carne desfiada com o arroz. Para umas duas xícaras de galinhada, acrescente um ovo batido e 1 colher de sopa de amido de milho. Misture bem para dar a liga. Se tiver muito mole coloque mais um pouco de amido. Tempere com cheiro-verde e pimenta e se necessário acerte o sal.

Molde os bolinhos. Para isso faça bolinhas e depois achate-as , no meio coloque um pedaço de queijo e feche em foma de discos achatados. Use o queijo que você tiver na geladeira, até o branco vale. Se quiser, nesse ponto já pode fritar e uma frigideira bem quente com um dedo de óleo no fundo.

Mas para bolinhos mais crocantes, vale empanar.  Em um prato, coloque farinha de trigo, em outro 1 ovo, batido e em outro farinha de rosca. Passe os bolinhos na farinha de trigo, depois no ovo e por último na farinha de rosca. Frite e seja feliz.  De nada!

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Receita: PFada ou mexido com sobras do PF

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Você fez em casa um PF firmeza com arroz, feijão e bife. Ou pediu no delivery de confiança do bairro e sobrou. Mas foi só um pouco de cada coisa. Nem o suficiente para uma segunda refeição e nem tão pouco a ponto de ser globalmente aceitável jogar fora.
O que você faz? Senta e chora pelos milhões de famintos do mundo? Não! Você monstra pro mundo como se dança um baião! Um Baião de Dois fake, mas ainda assim um baião de dois.
Se tem feijão e tem arroz, já dá baião e o importante aqui é a mágica da multiplicação.
Uns chamariam de tecnologia social para a democratização da comida e a não banalização da carne enquanto alimento opressor. Meu pai chama de mexido, minha mãe, de restô dontê. Na cadeia é recorte.
E por aí vai: mistureba, salva-vidas, bóia (não me conformo com a queda desse acento)…Já eu, inovei e decidi aplicar um neologismo tascando-lhe uma PFada.

 

Pegue uma régua e corte o bife em cubos de um centímetro quadrado. Tá! Esquece a régua. Mas corte em cubos pequenos, a ideia é fazer a carne render ao máximo.

baiao_reciclado_larissa_januario_semmedida2Depois aqueça bem uma frigideira com uma colher de sopa generosa de azeite e refogue uma cebola picada e um dente de alho picados (usei também talos de coentro, mas sei que rola um precon geral com essa erva. Então só use se estiver disposto). O tempo do refogado você decide. Eu tava com pressa e só deixei a cebola suar até ficar transparente.

Acrescente a carne e deixe dar uma fritada rápida só para garrar sabor. O importante não deixar a carne por muito tempo para que ela não vire micro cubos de adamantium. Vegetarianos podem simplesmente pular a parte da carne ou trocar por cogumelos, cenouras ou berinjelas em cubinhos. Funciona super!
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Junte o feijão com caldo e tudo. A ideia é que ele ajude a deglaçar a o fundo da panela que a essa altura já deve ter formado uma rapa.

baiao_reciclado_larissa_januario_semmedida4Na sequência, acrescente o arroz. O meu está diferente porque a sobra que eu tinha aqui era de mini arroz. Coisa marlinda do Brasil essas bolinhas <3.
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Misture tudo.  E se estiver muito seco, coloque um pouco de água. Eu prefiro uma PFada mais molhadinha. Pique com bastante má vontade alguns ramos de cheiro verde (de novo, usei coentro, mas você pode amarelar e usar salsinha). Se você não é um ás nas facas é melhor picar grosseiramente tanto salsinha quanto coentro. São folhas sensíveis e se machucar demais fica com gosto de clorofila.

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Se quiser dar um tachan final, tasque a sua pimenta favorita. Na minha opinião esse prato precisa ser arrematado com uma boa pimenta. Ah! Lembra da salada de abobrinha? Então, chama ela pro baião também! Garanto que você não vai se arrepender.

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Receita: Mexidão de carne moída, feijão, arroz e ovo

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Essa é daquelas receitas que mais amo no mundo. Uma panela só, uma rapa na geladeira, um ovo frito e bingo! Temos um jantar maravilhoso. Cresci comendo mexido. Meu pai sempre fazia quando minha mãe não tava em casa. Passava a mão nas sobras, juntava tudo e a gente era feliz.

A beleza do mexido é justamente não começar nada do zero. Aqui eu parti de um refogado de cebola e alho amassado (o re-refogado é importante para dar uma reavivada na comida de ontem). Deixe dourar bem, depois juntei tomate picado, ceboura ralada e uma carninha moída que tava lá no tupeware. Acrescenta o arroz pronto e uma concha de água para que ele pegue o gosto e cor do refogado. Por último coloque o feijão cozido, o cheiro verde e se gostarm pimenta fresca. Sirva com um ovo frito em cima pra cada pessoa.

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Receita de Bolinha de Peixe Cremosa

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Recentemente comprei um peixe incrível na feira. Um congrio enorme, lindo, e fresco. O Chef à Porter, claro, foi o responsável por limpar e filetar a criatura. Comemos com aspargos crocantes e uma sopa fria de tomate, voilá. Tava incrível e um dia ele deve postar essa receita.

Contei isso só pra contextualizar como nasceu a bolinha de peixe cremosa. Do peixe sobrou a carcaça com cabeça, espinha e rabo. Partes que apesar de não muito carnudas são as mais saborosas. Decidi aproveitar. Mas não queria fazer algo magro. Tava afim de armar o boteco em casa.

Lembrei do método básico de ser fazer coxinha. Aquele em que se usa o caldo de galinha como base para cozinhar a  farinha de trigo e chegar a uma massa leve, cremosa e saborosa. É isso! Não chamei de coxinha de peixe, porque  peixe não tem coxa.

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