Casquinha sem siri

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A ideia dessa casquinha sem siri surgiu em um jantar de comida brasileira que fiz com uma amiga. O jantar era para vegetarianos e não vegetarianos. A minha amiga fez os preparos originais e para a entrada optou por casquinha de siri. Eu me encarreguei das adaptações sem carne. Poderia ter feito outra entrada para os veggies, mas achei que seria injusto, afinal as casquinhas são tão bonitas…

Pensei em algo que tivesse textura semelhante à carne de siri e optei pelo repolho cortado bem fininho, relembrando a moqueca que postei aqui. Gostei do resultado, pois além da aparência ficar muito semelhante à casquinha original, ainda ficou com gostinho de mar graças às algas marinhas.

Ingredientes

1 repolho pequeno
3 tomates (italiano ou debora) sem pele e sem semente
azeite
1 cebola picada em cubinhos
2 dentes de alho picados
3 colheres de sopa de azeite de dendê
1 colher de sopa de alga wakame picada
farinha de rosca
parmesão ralado
1/2 pimenta dedo de moça sem semente, picada.
Coentro picado

Modo de fazer

Fatie o repolho o mais fino que puder. Refogue a cebola com um pouco de sal no azeite por dois minutos, acrescente o alho picado e continue refogando. Acrescente os tomates, depois o repolho, a alga e a pimenta dedo de moça. Quando o repolho estiver bem cozido, acrescente o azeite de dendê. Deixe por uns dois minutos no fogo, coloque o coentro, acerte o sal, desligue o fogo e deixe a panela tampada um pouco para que o sabor do coentro se espalhe.

Recheie as casquinhas com o refogado. Faça uma mistura de farinha de rosca e parmesão e coloque por cima do repolho. Leve ao forno para gratinar e sirva em seguida.

*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!


Mini Pimentões Recheados com Quinoa

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Existe coisa mais linda que mini pimentões? Esses eu comprei na feira orgânica no paço municipal de Santo Andre. A propósito esta feira, que acontece às quintas, é uma ótima opção pra quem mora no ABC, pois além dos ingredientes comuns também há produtos que quase não encontramos em feiras livres de bairro, como ora pro nóbis e diversas variedades de tomates e batatas.

Voltando aos pimentões, para preservar o formato, fiz recheado e usei quinoa vermelha, mas pode ser de qualquer cor.

Ingredientes
4 mini pimentões vermelhos
1 xic de chá de quinoa
2 xic de chá de água
½ cenoura
½ alho poro
½ cebola
Azeite
Sal e pimenta do reino a gosto
½ pão francês amanhecido

Modo de fazer

Cozinhe a quinoa com a água em fogo baixo e panela semi tampada até que a água toda tenha secado.

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Corte a cebola, a cenoura e o alho poro em cubos pequenos. Refogue em azeite com um pouco de sal.

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Junte a quinoa e refogue mais um pouco. Acerte o sal e a pimenta do reino.

Corte a tampa dos pimentões e reserve. Retire as sementes e recheie cada um dos pimentões. Umedeça um pedaço de pão francês amanhecido e cubra o pimentão. Coloque a tampa.

Coloque uma quantidade generosa de azeite em uma panela de fundo grosso e distribua os pimentões. Tampe e deixe que eles fritem. Vire a cada um minuto para que fritem por igual.

Para acompanhar eu fiz um pesto de coentro, mas pode ser molho branco ou outro molho de sua preferência.

*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!

 


Espinafre, Tofu Frito e Gergelim

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Espinafre é incrível por si só, mas da pra deixar ainda melhor se cozinharmos em um bom caldo. Aqui vamos usar um feito com algas marinhas chamado dashi. Esse caldo é um ingrediente básico da culinária japonesa que confere sabor às sopas, ao udon e à diversos pratos tradicionais nipônicos.

O dashi é um caldo muito rápido de preparar e, nesta versão vegetariana, faremos apenas com alga kombu e água. A kombu é o alimento campeão em glutamato monossódico em forma natural, o umami, também chamado de quinto sabor. Apenas como curiosidade, o queijo parmesão fica em segundo lugar. Vendida seca, a kombu pode ser comprada em qualquer loja de produtos japoneses em largas tiras ou em nozinhos para decorar.

Também vamos enriquecer o espinafre com sementes de gergelim e age (leia aguê), o tofu frito que, devido à sua textura esponjosa, irá absorver o excesso de caldo e dar um quê a mais ao prato.

Ingredientes
1 maço de espinafre branqueado e picado*
Alga kombu 10 cm ou 7g (aprox)
500 ml de água
¼ xic de shoyu
½ colher de chá de açúcar
½ pacote de age
2 colheres de sopa de gergelim torrado

Modo de fazer:
Vamos começar pelo tofu frito: Em uma panela, ferva o age, coloque um peso por cima, para que ele fique submerso, como uma tampa de panela menor. Descarte a água e repita a operação para retirar o excesso de gordura da fritura. Espere esfriar e esprema. Pique em quadradinhos.

Para o dashi: limpe a alga com um pano seco ou um papel toalha. Coloque em uma panela com água e aqueça até 80 graus ou até que as primeiras bolhinhas comecem a surgir. Não deixe ferver. Coe e separe 60 ml de caldo para esta receita. Acrescente o shoyu e o açúcar e misture. O restante do dashi pode ser usado em outros preparos, como sopas ou ensopados. O caldo dura até 3 dias na geladeira ou 1 mês congelado. A alga pode ser usada para mais um caldo ou então pode ser picada no meio de um refogado ou salada.

Coloque o espinafre em uma frigideira funda e acrescente o tofu frito e o de dashi (60 ml ou ¼ xic). Aqueça até que o caldo seja absorvido pelo tofu. Polvilhe o gergelim e sirva imediatamente.

* Branqueamento consiste em mergulhar o alimento em água fervente por alguns segundos e imediatamente colocá-lo em água gelada para cortar o cozimento.

Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!


Cozinhando em um Retiro

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Há algumas semanas eu viajei a Nazaré Paulista para cozinhar em um retiro, num espaço rodeado de natureza, cheio de paz e tranquilidade, onde se praticam danças, meditação, estudo de sufismo, astrologia etc.

O ponto alto do lugar é a cozinha vegetariana, orgânica, artesanal. Fizemos comidas simples, comprovando que a simplicidade em nada interfere na boa culinária. Grande parte dos ingredientes foram colhidos no próprio retiro.

Para ser interessante, a cozinha vegetariana precisa de criatividade e fugir do lugar comum. No arroz do dia a dia, misturamos o integral com o branco e temperamos com leite de coco. Também combinamos diferentes tipos de feijão junto com outras leguminosas e na salada de beterraba, incluímos alcaparras e aproveitamos as flores e folhas de capuchinha que estavam brotando aos montes por lá pra decorar tudo. Usamos muito gengibre fresco e em conserva, hortelã, manjericão, tomilho, curry, iogurte.  Harmonizamos sabores e texturas e criamos pratos coloridos e nutritivos que ganharam vários elogios até dos não vegetarianos.

Mas o segredo não estava nas receitas e sim no uso de ingredientes frescos e orgânicos. Cozinhamos com o que tínhamos a nossa disposição, considerando a sazonalidade dos produtos e priorizando os pratos leves e com pouca gordura.

Aqui vão algumas fotos de lá para inspirar a segunda sem carne!

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O dono do retiro, o italiano Dino preparando pasta alla erbe, um mix de ervas frecas e alcaparras delicioso.

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Flores, salada mediterrânea e a cozinha muito prática e bem planejadada retiro. Cozinha dos sonhos!

*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!


Salada Morna de Lentilha, Escarola e Pimentão

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*por Marina Kawata

Saladas mornas são perfeitas para o outono. Normalmente elas combinam ingredientes crus com cozidos ou assados. O calor dos alimentos que foram aquecidos, misturado com os alimentos crus e o molho, é o que faz a salada ser morna.

Esta salada pode ser servida como um prato único ou acompanhado de algum carboidrato, como um pão italinao, arroz branco ou risoto.

Ingredientes

10 colheres de sopa de lentilha
10 folhas de escarola
1 folha de louro
2 pimentões vermelhos pequenos
Um punhado de salsinha
6 colheres de sopa de azeite
4 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
Sal e pimenta do reino moída na hora

Modo de fazer

Deixe a lentilha de molho por 1h. Escorra e cozinhe em água e sal junto com a folha de louro por cerca de 30 minutos ou até que estejam macias.
Lave bem as folhas de escarola e seque. Enrole todas e corte em fatias finas.
Lave os pimentões e coloque-os inteiros na boca do fogão para que queimem a casca.

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Vá virando com a ajuda de uma pinça para que fique queimado por completo. Coloque-os em um saquinho e mantenha por 15 minutos.

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Retire do saquinho e descasque os pimentões. Não lave para que não percam sabor. Retire as sementes e corte os pimentões em quadrados médios.
Retire os talos da salsinha e deixe as folhas inteiras.
Em um bowl, coloque a escarola. Escorra a lentilha e coloque-as ainda mornas por cima da escarola. Adicione o azeite e o vinagre e sal. Misture bem.
Coloque os pimentões e a salsinha. Corrija o sal e moa a pimenta do reino por cima. Sirva imediatamente.

*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!