Receita: Tiradito
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Pensa num ceviche, só que cortado bem fininho todo trabalhado no aji amarillo. Ou num sashimi virado no Jiraya. Então, esse é o Tiradito. Essa é a mistura do Peru com o Japão. Não rima, mas também requer charme pra dançar bonito. Tá, o trocadilho foi horripilante, mas a receita, aaaaaaaaaaaaah. Essa é maravilhosa.
Resultado da influência dos imigrantes japoneses na América Andina, esse prato é do tipo que você faz com o pé nas costas e finge que é difícil.
As boas línguas antagonizam sobre os ingredientes do Tiradito. Há quem coloque cebola e quem a renegue (alô @caolivo!), quem ponha fé na marinada mais prolongada e até quem sirva imediatamente, bem cru, sobre o molho amarelo vivo caliente.
Para dançar junto é consensual convidar a batata doce. Opcional na balada, o milho cozido. Obrigatória só a fome de peixe. Eu, como tinha recém chegado do Peru (na ocasião das fotos) e trazido na mala choclos e essa batata doce laranja choc. Os peruanos e os milios brasileiros podem inclusive substituir o peixe por vieira e até dar uma seladinha (vulgo dourada) nos nadantes.
Mas vamos lá pra receita.
Corte o peixe bem fino em tiras. Escolha um peixe com fibras mais molinhas. Se tiver dúvidas, pergunte ao peixeiro. Aliás, tenha um peixeiro amigo, isso faz diferença.
Eu marinei no limão com uns cubos de gelo.
Em uma bacia eu misturei aji amarillo, folhas de coentro, cebola em tiras (à julienne) e uma pasta de aji amarillo que eu tinha em casa da mala tensa que trouxe de lá.
Acerte o sal e seja uma pessoa civilizada que serve o Tiradito alinhando como dele ver. Ou faça a latina louca como eu e misture tudo, molho e peixe, e sirva assim, descompensadamente. As batatas devem devem ser assadas nesse caso. Mas isso, eu conto logo mais, noutro post.