Receita: Abóbora recheada com queijo de cabra e manteiga de frutas secas e castanhas

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Eu sempre quis fazer um prato vegetariano com cara de Natal, algo que ficasse na mesa, no lugar dos assados típicos da festa, mas sem essa pegada de adaptação. Esse ano eu cheguei na receita. Uma bela abóbora recheada com creme de queijo de cabra e amêndoas e frutas numa manteiga riquíssima aromatizada com alecrim.

Além de linda e portentosa, é nutritiva, facílima e tem esse sabor natalino que buscamos nas festas de fim de ano.

Bora aprender.

Eu tinha metade de uma abóbora e mais 1/4. Mas você pode pegar uma abóbora inteira e tirar a tampa, como se faz com a moranga para o camarão.

Temperei com sal, pimenta moída na hora e alecrim. Coloquei numa assadeira com 2 dedos de vinho branco seco no fundo e mais talos de alecrim. Tapei tudo com alumínio e levei ao forno 180 graus por uns 20 minutos (ou até começar a ficar macia).

Enquanto a abóbora assava eu fiz o recheio. Em u a panelinha coloque 1 barra de 250g de manteiga (com sal). Se for a abóbora inteira pode colocar 1 barra e 1/2.    Juntei amêndoas, damascos picados, cramberry passas, uva passas brancas e mais alecrim.  Deixa no fogo (sem baixo) até a manteiga ficar translúcida e o cheiro das frutas e erva passar para ela.  Mexendo sempre para o açúcar das frutas secas não grudar no fundo da panela.  Veganos podem usar óleo de amêndoas ou macadâmia no lugar da manteiga.

Retire as abóboras pré-cozidas do forno e tempere com o creme de queijo de cabra. Esse creme nada mais é que o queijo de cabra sólido batido com um pouco de leite (mais ou menos a metade da quantidade de queijo). Eu usei umas 200g de queijo de cabra. Veganos podem substituir por creme de tofu. Recheie a abóbora com o creme.

Cubra a abóbora com a manteiga de frutas e nuts. E volte ao forno para dar aquela gratinada. Quando o queijo começar a derreter já está incrível.

 

 

 

 

 


Caldo de Legumes Caseiro

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*por Marina Kawata

Não é novidade que os caldos industrializados fazem mal à saúde. Os tabletes e pozinhos Knorr, Maggi, Ajinomoto, Sazon e tantas outras marcas, além de serem cheios de sódio, contém gordura hidrogenada, corantes artificiais, glutamato monossódico e intensificadores de sabor. Esses caldinhos dissimulados, ao invés de realçarem o sabor, mascararam o gosto natural dos alimentos.

Quer mais motivos para fazer seu próprio caldo em casa? Um caldo de legumes fica pronto em 40 minutos, é muito fácil de ser preparado e é barato. Pode ser guardado por 1 semana em geladeira ou congelado em pequenas porções para ser usado em pratos como risotos, sopas, cozidos etc.

Basicamente é necessário que se tenha 3 ingredientes para o preparo de um caldo. São eles cebola, cenoura e salsão que, utilizados na proporção de 1 parte de cebola para ½ do restante, formam um aromático clássico chamado mirepoix (lê-se mirepoá). À partir disso, é possível acrescentar outros ingredientes também aromáticos, como dentes de alho, folhas de louro, pimenta em grãos, ervas frescas e secas e até o que costumamos descartar, como talos de salsinha, partes mais duras dos aspargos e cabos de cogumelos. Não tem regra, o que vale é reduzir desperdício e ganhar sabor.

Esta é uma receita básica que sempre tenho no congelador. Rende 4 litros.

Ingredientes

¼ xícara de óleo
½ cenoura
1 talo de salsão sem as folhas
1 cebola média
3 dentes de alho
1 tomate
1 alho poro (apenas a parte verde)
2 cravos da índia
Talos de salsinha
1 folha de louro
Pimenta do reino em grãos
Algumas sementes de erva doce
1 gaze ou um porta chá e um pedaço de barbante
4,5 litros de água

Modo de Fazer

Vamos começar preparando um sachê com os ingredientes pequenos para que eles não se percam no caldo e fiquem mais fáceis de serem coados posteriormente. Coloque o louro, os talos de salsinha picados, cravos e erva doce em uma gaze, amarre com um barbante e reserve. Esse sachê é chamado de sachê dépices.

sachet_depices

Aqueça o óleo e refogue os vegetais. Adicione a água e, assim que levantar fervura, abaixe o fogo e adicione o sache d’épices. Mantenha no fogo por 40 minutos, sempre em fogo baixo. Coe e guarde em potinhos para congelamento ou para uso posterior.

Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!


Receita de Panzanella + A Aventura da Produção de Pães Caseiros

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panzanella

Estou em um relacionamento sério com pães. Desde que meu primeiro fermento natural ficou pronto, faço fornadas e mais fornadas para testar receitas, recheios e formatos de pão de levain, ou “pain au levain”.

Mas sou apenas uma curiosa apaixonada por pães e ainda iniciante neste assunto de fermentação natural, que exige cuidado e dedicação. Por isso não vou dar receitas de pão aqui, mas quem quiser se aventurar por esse mundo, recomendo o livro Pão Nosso, do jornalista Luiz Américo Camargo. Lá ele explica o passo a passo para a manufatura do seu próprio fermento a partir de suco de abacaxi, farinha e um pouco de paciência.

Mesmo abastecendo minha casa, da minha mãe e da minha irmã (elas foram proibidas de comprar pão no supermercado!), levando pra vizinha, pro porteiro, ainda sobra muito pão. E pão normalmente é muito gostoso fresquinho, quando consumido no dia em que foi assado.

Para não ter desperdício, o pão amanhecido tem que virar alguma receita e muitas das minhas refeições passaram a ser influenciadas por ele. Estou fazendo vários pratos em que ele possa ser inserido, ainda que disfarçado, como farofinha de pão, pimentão recheado com pão e ricota, pudim de pão… E a minha salada favorita do momento, a panzanella!

A panzanella é uma salada italiana originária da região da Toscana, consumida pelos camponeses, que a preparavam com restos de pão e verduras. É uma salada barata, fácil de fazer e deliciosa em dias quentes. Ela pode ser feita com qualquer pão velho, mas fica melhor com os de casca mais dura, como o italiano. E quem já deixou sobrar pão italiano sabe que, amanhecido ele fica quase incomível.

Ingredientes:

3 fatias de pão amanhecido
1 pepino japonês ou comum em fatias finas
1 xícara de tomates cereja cortados ao meio
1 xícara de tomates amarelos cortados ao meio
½ cebola roxa fatiada
1 ½ colher de sopa de vinagre de vinho branco
4 ½ colher de sopa de azeite extra virgem
folha de manjericão picadas
Sal e pimenta do reino à gosto

Modo de fazer:

Coloque as fatias de pão de molho em água filtrada por alguns minutos (apenas se ele estiver muito duro). Escorra a água e rasgue as fatias em tamanhos que caibam na boca.

Dissolva o sal e a pimenta no vinagre, adicione o azeite e misture bem para emulsificar.

Adicione o pepino, os tomates e a cebola. Esprema um pouco o pão com a mão para retirar o excesso de água (só um pouco) e junte ao restante da salada. Coloque as folhinhas de manjericão por cima e sirva em seguida.

*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!


Legumes Assados com Vinho e Alecrim

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Mais do que tudo, o que me agrada nesse prato é o preparo, ou melhor, o tempo em que ele está sendo preparado no forno. Os aromas que o vinho, o azeite e o alecrim liberam ao serem assados perfumam a casa toda.

Ingredientes

1 batata grande sem casca cortada em cubos
½ alho poro em fatias grossas
1 batata doce grande sem casca cortada em cubos
2 cenouras sem casca cortada em rodelas
1 cebola grande em pedaços
¼ de abóbora cabotia com casca cortada em cubos
2 colheres de sopa de vinho branco
3 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta do reino moída na hora
Ramos de alecrim

Modo de fazer
Como os legumes serão assados todos juntos é importante dar atenção aos tamanhos que serão cortados para que fiquem prontos ao mesmo tempo.
A batata deve estar em cubos grandes. A batata doce, a cenoura e a abóbora demoram mais para assar, por isso devem ter um tamanho um pouco menor que o da batata.
Junte todos os legumes em um bowl e tempere com sal, pimenta e alecrim. Regue com azeite e vinho e distribua tudo em uma assadeira. Asse em forno médio por 20 minutos, vire-os e asse por mais 20 minutos ou até que estejam macios.

*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!


Alimentação Crua

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salada almeirao

O consumo de alimentos crus no meu dia-a-dia nunca foi lá essas coisas. Praticamente tudo o que preparava tinha que dar pelo menos uma passadinha pelo fogão. Eu já vinha tentando mudar esse hábito, quando vi o documentário Food Matters, que trata dos assuntos do universo alimentar com base nos fundamentos de medicina criados por Hipócrates. Para ele, o ser humano tinha uma capacidade inata de se curar, e dizia: “Deixe sua comida ser o seu remédio e seu remédio ser sua comida”. O documentário mostra de forma clara como os alimentos e as vitaminas podem ser responsáveis não apenas pela prevenção, mas também pela cura de doenças, incluindo (pasmem) o câncer e a depressão.  A comida é um santo remédio.

Para tirar o melhor proveito do alimento ele deve estar fresco, ou seja, ser consumido o mais próximo possível da colheita, ser orgânico, não ser plantado em um solo deficiente de nutrientes e ser cru. Os médicos e profissionais da saúde que participam deste documentário defendem que pelo menos 51% do que se consome num dia seja cru. Isso porque ao serem aquecidos, os alimentos perdem suas enzimas vivas e  o organismo os recebe como se fossem toxinas. O nome disso é leucocitose digestiva, que é quando as células brancas do corpo começam a reagir contra a comida ingerida não crua.  Então mais da metade do alimento consumido deve ser cru para não sobrecarregar nosso sistema imunológico.

Estava refletindo sobre isso quando um amigo me emprestou um livro chamado “Lugar de Médico é na Cozinha”. Nele, o médico Alberto Peribanez Gonzalez, defende a alimentação exclusivamente in natura, ou seja, sem sofrer processos de industrialização ou cozimento, e apresenta um mundo fantástico de preparos de alimentos e técnicas de “cozimento”a temperaturas até 42 graus, que ainda mantém suas enzimas vivas. Arroz, feijão, grãos, sementes, legumes, tudo feito sem o uso do fogão, utilizando técnicas como marinadas, germinação, hidratação, desidratação e até o calor da luz solar para o preparo de pães.

O livro é interessante, apesar de algumas das técnicas serem realmente demoradas e quase inviáveis no nosso dia-a-dia nas cidades. De qualquer maneira, tem muita informação útil e que pode ser empregada na nossa rotina com mais facilidade, como os sucos verdes e os leites da terra (como ele chama os leites de sementes).

Eu já aumentei razoavelmente o consumo de crus na minha vida e, mesmo longe de chegar aos 51% recomendados já sinto a diferença.  Pele, humor, disposição, saúde. Meu tempo na cozinha precisou aumentar um pouco, mas valeu a pena. Vou deixar aqui algumas receitas fáceis pra quem quiser tentar:

Suco de Couve

– 5 folhas pequenas de couve
– ¼ de maço de salsinha
– ½ maça
– ½ limão
– 1 pedaço de gengibre
– algumas gotas de Stevia ou melaço de cana
– um pouco de água

Bater tudo no liquidificador e beber em seguida.

Musli de Sementes, Castanhas e Frutas Secas

Preparar as sementes do café da manhã à noite, antes de dormir.

– 2 colheres de sopa de aveia em flocos grossos

– 1 colher de sopa de linhaça

– 1 colher de chá de chia

– 2 ameixas secas picadas

– 1 colher de sopa de uvas passas

– 1 colher de chá de semente de girassol crua

– 2 castanhas do pará picadas

– 2 castanhas de caju cruas picadas

Misture tudo em um tigelinha e cubra com água. Pela manhã adicione as frutas de sua preferência e iogurte natural (receita aqui). Adoce a gosto.

 

Salada de almeirão, manga e sementes de girassol

– ¼ maço de almeirão

– ½ manga

– um punhado de sementes de girassol

– 3 colheres de sopa de azeite

– 9 colheres de sopa de vinagre de vinho branco

– sal e pimenta do reino a gosto

– 2 colheres de sopa de misso

Corte o almeirão bem fininho. Prepare o molho misturando o misso com o vinagre até que o misso esteja dissolvido e depois junte o azeite. Coloque o molho no almeirão e misture tudo. Adicione a manga e as sementes de girassol e sirva.

*Marina Kawata é jornalista e especializada em gestão de empresas, mas é na cozinha que encontrou sua paixão. É vegetariana e acredita que a alimentação saudável é a chave para a saúde, desde que a comida seja gostosa!